Após prisão, a lealdade de Queiroz para com clã Bolsonaro estará aprova. Se revelar o segredos é o fim da família no poder.
Prisão de Fabrício Queiroz e hoje, a real ameça para a sobrevivência do clã Bolsonaro no poder. |
“Onde está o Queiroz?”, essa era a pergunta épica que não quis calar. E respondida ontem (18), quando o faz-tudo da família presidencial no Rio de Janeiro, Fabrício Queiroz, homem de confiança de Jair Bolsonaro e de seus filhos, foi localizado e preso em uma casa em Atibaia, no interior de São Paulo.
Queiroz foi preso quando estava em um imóvel de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro. Esse advogado, em diversas entrevistas afirmava que não sabia o paradeiro do ex-assessor do hoje, senador Flávio Bolsonaro.
O mandado de prisão preventiva sem prazo para acabar foi expedido pela Justiça do Rio de Janeiro, num desdobramento da investigação que apura esquema de "rachadinha" na Assembleia Legislativa do estado (Alerj). No esquema, segundo investigação do Ministério Público fluminense, funcionários de Flávio, então deputado estadual, devolviam parte do salário, e o dinheiro era lavado por meio de uma loja de chocolate e através do investimento em imóveis.
As investigações, afirma que Queiroz comandava uma quadrilha no gabinete do então deputado Flávio Bolsonaro na época. Ele recolhia parte dos salários de assessores e redistribuía o dinheiro em espécie. Nas horas vagas, fazia negócios em áreas dominadas pela milícia. A tal ponto de empregar parentes de milicianos no gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro.
O amigão Queiroz não cumpria tarefas apenas para o filho 01. Um relatório do Coaf revelou que ele depositou R$ 24 mil na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro. E de quebra mantinha uma das suas filhas, Nathália Queiroz, personal trainer como assessora fantasma no gabinete de Jair Bolsonaro (no cargo de deputado federal. Suspeita que a filha devolvia parte dos salários já que Nathália jamais prestou serviços na Câmara dos Deputados.
Em conversas por mensagem às quais o Ministério Público do Rio teve acesso, a filha e a mulher de Fabrício Queiroz criticam o fato de o pai ainda continuar tentando participar da política mesmo sendo o principal alvo da investigação contra o senador Flávio Bolsonaro. Nathalia Queiroz, a filha, diz que o pai é burro. Márcia Oliveira Aguiar, a mulher, questiona quando ele vai fechar "o c...... da boca dele". Eu tô cansada!"
A fala da filha de Queiroz, que é suspeita de participar do esquema de 'rachadinha' em gabinete do Bolsonaro, já demonstra, que não tanta consideração para com o clã.
Das perguntas de “onde está?”, para “até quando vai durar a lealdade de Queiroz?” para com os Bolsonaro. E a mudança de enredo na nova frase com uma enorme interrogação no final.
Afinal, Fabricio Queiroz, hoje, é considerado a ‘Caixa de Pandora’, dos Bolsonaro, que na mitologia grega, seria um artefato, tirada do mito da criação de Pandora, que foi a primeira mulher criada por Zeus. A "caixa" continha todos os males do mundo. Assim, é visto Queiroz, o homem de confiança que detém todos os segredos, oculto da família Bolsonaro.
O tempo de prisão poderá endurecer ou amaciar o coração e a língua de Queiroz, a ponto de revelar a podridão por trás da fachada honesta dos Bolsonaro. Só o tempo dirá!...