Com 21 padres mortos e 347 infectados pela covid-19, igreja católica aponta os desafios em sua reabertura

Com 21 padres mortos e 347 infectados pela covid-19, igreja católica aponta os desafios em sua reabertura

Mortes de Padres na pandemia é o grande desafio da Igreja católica em manter as portas abertas. 


Com 21 padres mortos e 347 infectados pela covid-19, igreja católica aponta os desafios em sua reabertura
A pandemia do novo coronavírus revelam as dificuldades da igreja Católica em manter as portas abertas.


A epidemia do novo coronavírus que abala o mundo, não poupou os pilares da igreja católica no Brasil, ao fazer 21 vítimas fatais entre padres diocesanos e infectar outras centenas de sacerdotes católicos.
   
De acordo com a Comissão Nacional de Presbíteros (CNP), vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e divulgado na terça-feira, 28, apontou que 347 padres diocesanos contaminados com o  novo coronavírus, sendo 21 mortes provocadas por complicações da Covid-19.

Os dados da Igreja Católica é com base em consulta aos 18 regionais da CNBB. A região Norte 2, que na divisão da CNBB abrange os estados do Pará e do Amapá, contabiliza o maior número de infecções e mortes: foram 58 padres contaminados e seis óbitos. Em seguida vem o Nordeste 2, que inclui os estados de Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, com 57 infectados e 3 mortos.

O estado do Ceará, que corresponde à região Nordeste 1, vem em quarto lugar, com 37 religiosos infectados e 4 óbitos. Os estados de Bahia e Sergipe, que correspondem à região Nordeste 3, tiveram 20 padres infectados e nenhuma morte registrada.

Na regional Sul 1, que abrange o estado de São Paulo, 38 padres foram infectados, com um óbito. Das 18 regionais da conferência, apenas a de Mato Grosso do Sul não registra casos de contaminação nem de morte.

A Covid-19 fez vítimas também entre os bispos: nove já testaram positivo para a doença, e dois deles morreram.

Com números preocupantes e trágicos de religiosos mortos e infectados pela Covid, um debate reacende sobre a conveniência da manutenção de igrejas abertas, ou mesmo da reabertura das que fecharam as portas.

Segundo arcebispo de SP, dom Odilo Scherer, que ficou conhecido na época da sucessão do Papa renunciante Bento 16, como o brasileiro de maior chance de levar o Papado, afirmou que caberia a cada dioceses e padres a decidirem o que fazerem, sobre a reabertura e manutenção das Igrejas.

O exemplo do gigantesco desafio, são dados de 35 paróquias na região episcopal da Brasilândia, só 18 reabriram. E já há padres contaminados depois disso. Alguns religiosos tiveram sintomas leves outros tiveram complicações após o contagio pelo covid-19.

O mesmo desafio enfrenta a cidade de Itapetinga na Bahia, onde as paroquias São José e Nossa Senhora das Graças, preferem manter suas portas fechas para os fiéis, por temerem que grupo de risco como idosos sejam as próximas vítimas do novo coronavirus. Pelo o que se sabe não há previsão de reabertura das igrejas no município.