Em entrevista Secretário de Saúde de Itapetinga, tentou explicar as falhas no monitoramento de pacientes além de compras de medicamentos ineficazes contra a covid.
Secretário de Saúde de Itapetinga, Hugo Sousa |
Em entrevista ao programa Boca do Povo, na Rádio Fascinação neste sábado (22), o secretário de Saúde de Itapetinga Hugo Souza, surpreendeu ao afirmar que o município continua adotar politica protocolar de medicamentos que já comprovaram através de estudos serem ineficazes no tratamento a pacientes com a covid-19.
Hugo Souza, tentou também na entrevista explicar o inexplicável ao falar de pacientes monitorados pela Secretaria de Saúde. O IDenuncias revelou o drama que vive os infectados pela covid-19, quando necessita do atendimento da Saúde do município, muitos são obrigados sofrem dentro de suas casas por falta de testagens e com recomendação só ligar novamente em caso da piora da doença.
O Secretário de Saúde admitiu a continuidade do uso hidroxicloroquina a pacientes portador do novo coronavírus. Essas drogas, que virou questão politica que exato cientifica, foi alvo do maior estudo brasileiro coordenado por 55 hospitais privados do país apontou que as substâncias, não tem eficácia no tratamento de pacientes com covid-19.
O estudo alertou ainda que grupo de pacientes que fez uso dos medicamentos, foram mais frequentes alterações nos exames de eletrocardiograma e de sangue que representam maior risco de arritmia cardíaca e lesões no fígado.
Hugo, deixou claro que só não fez a compra da hidroxicloroquina por que não foi contemplada na licitação. Isso, mesmo diante de alertas de cientistas que comprovaram os riscos a saúde com uso da droga.
No protocolo municipal, que é seguido à risca pela Secretária de Saúde, há outro controverso medicamento que nem mesmo foi levado a sério pela OMS (Organização Mundial da Saúde). A ivermectina, usada para tratamento contra parasitas em seres humanos e animais. O medicamento ganhou fama após Cientistas australianos publicarem em junho um estudo científico informando que o remédio conseguiu parar a replicação do vírus em laboratório. Foi o bastante para que muitos corressem até a farmácia para obter a medicação que é indicada para tratar de verminose, sarna e bicho geográfico.
Professora associada do departamento de Microbiologia da UFMG, Giliane de Souza Trindade afirmou que é necessário que as pessoas saibam a diferença de um teste feito em laboratório para outro aplicado em seres vivos. "As pessoas ignoram isso, ficam procurando uma fórmula mágica. É a mesma coisa da cloroquina que já comprovou ser ineficaz contra o novo coronavírus.”
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já havia soltado uma nota no dia 10 de julho, informando que os estudos relacionando a ivermectina ao tratamento da covid-19 não eram conclusivos e desaconselhou o uso do medicamento.
Hugo esclareceu que os medicamentos comprados pela Prefeitura não há comprovação de eficácia no tratamento a covid-19, porém afirmou que também não há estudos que diga que faça mal a pacientes em tratamento. Para um secretário de saúde, Hugo, anda desatualizado há hoje, publicações em vários sites do país que prova que estudos de alguns medicamentos que foram abandonados como o caso Ivermectina e outra comprovada ineficácia e risco a saúde como a hidroxicloroquina.
Sobre os monitorados, o secretário de Saúde até tentou convencer que a saúde de Itapetinga não teria abandono os pacientes com covid-19 e que o serviço está funcionando dentro da normalidade. Ele disse que há um limite de teste diário a serem realizados aos suspeitos do vírus, mas que para isso ocorra, era preciso ter uma piora da doença para que o resultado não desse um falso positivo.
Em consulta as portarias do Ministério da Saúde e OMS não há conhecimento de qualquer protocolo que tenha orientação de testagem em pessoas suspeitas de covid só em caso de piora da doença. Por sinal, a recomendação de testagem preventiva para melhor controle na proliferação do vírus.
No transcorrer da entrevista alguns ouvintes ligaram e questionaram o abandono da Secretaria de Saúde, e reclamara que muitas vezes são ignorados pela atendente do ‘disque covid’, e quando são atendidos, já se passaram até 2 semanas, prazo suficiente para atestar a cura. Essas pessoas relataram ainda que diante ausência da saúde do município fizeram uso de medicamento por conta própria.
O Secretário, afirmou ainda que o disque covid só serve apenas para orientação e para monitoramento de dados epidemiológicos feito pela equipe da vigilância sanitária. Ou seja, procure um médico e não perca seu tempo ligando. Veja a entrevista na integra disponível no youtuber.