Segundo Delegado da Policia Federal, delação de Palocci sobre propina do BTG a Lula foi baseada em notícias de jornais.
Na imagem Ex-ministro Antonio Palocci e ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT). Foto montagem IDenuncias. |
A deleção premiada do ex-ministro Antonio Palocci, da Fazenda no governo petista, começa a vira conto da carochinha. A Policia Federal concluiu que as acusações feitas pelo ex-ministro, sobre um caixa milionário de propinas para Lula administrado pelo banqueiro André Esteves, do BTG, não têm provas e foram todas desmentidas pela investigação inclusive em depoimentos de testemunhas e de delatores que incriminaram o PT em outros processos. De acordo publicação da coluna Mônica Bergamo, Folha de S.Paulo.
Segundo a colunista, na semana passada, o delegado da Policia Federal Marcelo Daher encerrou o inquérito sem indiciar os acusados e afirmando que as informações dadas por Palocci em sua delação "parecem todas terem sido encontradas em pesquisas de internet", sem "acréscimo de elementos de corroboração, a não ser notícias de jornais".
Para o Delegado da PF, "as notícias jornalísticas, embora suficientes para iniciar o inquérito policial, parece que não foram corroboradas pelas provas produzidas, no sentido de dar continuidade à persecução penal".
Na delação, Palocci havia afirmado, que o banqueiro André Esteves "teria passado a ser o responsável por movimentar e ocultar os valores recebidos" por Lula, "a título de corrupção e caixa dois, em contas bancárias abertas e mantidas no BTG Pactual S/A, em nome de terceiros".
Banqueiro André Esteves, sempre afirmou que deleção de Palocci era fantasiosa |
Segundo Palocci, o banqueiro teria depositado para Lula, num primeiro momento, R$ 10 milhões "de vantagens indevidas" para garantir influência no governo federal. Em troca, receberia informações privilegiadas de decisões do Banco Central sobre taxas de juros. E depois dividiria parte dos lucros bilionários em operações com Lula, depositando os recursos em contas de terceiros.
No relatório de conclusão do inquérito, a Polícia Federal apontou que os relatos de Palocci sobre lucros do banco BTG que motivou suposta propina milionária para Lula, com informações privilegiado supostamente repassado por pelo então presidente a banqueiro, não tiveram ganhos nos meses citados pelo ex-ministro com base em decisões do Copom do Banco Central. O delegado Daher encaminhou o resultado da investigação ao Ministério Público Federal.
Na inicio do mês, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, retirar a delação do ex-ministro Antônio Palocci de uma ação que corre na Justiça contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No processo, o petista é acusado de receber R$ 12 milhões em propina da Odebrecht por meio de um terreno que seria destinado ao Instituto Lula.
A retirada da delação de Palocci contra Lula, foi vista como uma vitória preliminar da mais esperada pelo ex-presidente, que é ação de suspeição do então juiz Sérgio Moro que condenou o petista no caso do Triplex do Guarujá. A condenação impede a candidatura de Lula a presidência da republica com base na Lei da Ficha Limpa. Se caso, o STF acate pedido de Lula, o processo volta a estaca zero, abrindo caminho para corrida eleitoral.