Flávio Bolsonaro está há pouco dias de ser denunciado pelo Ministério Público por lavagem e organização criminosa no esquema da rachadinhas.
Na Imagem: Flávio Bolsonaro e Presidente da Republica Jair Bolsonaro |
A partir da segunda-feira (21) o Ministério Público do Rio deve denunciar o senador Flávio Bolsonaro pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no escândalo das rachadinhas.
O MP pretende denunciar o esquema mantido com o controlador das rachadinhas no gabinete do filho do presidente da republica com o ex-assessor Fabrício Queiroz, preso em regime domiciliar. Flávio é suspeito de embolsar parte dos salários dos servidores quando era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
De acordo com Revista Veja, o MP investirá contra argumentação da defesa do “filho 01” derrubando a tese que os funcionários devolviam parte dos salários de bom grado.
Segundo promotores a Veja, o pagamento de rachadinha era condição para ser contratado no gabinete de Flávio, e os repasses de parcelas dos vencimentos dos servidores, um meio de o hoje senador receber dinheiro por via transversa, caracterizando desvio de recursos públicos. De acordo com investigadores, a tendência é não haver, na apresentação da peça de acusação, medidas mais drásticas contra o Zero Um, como um pedido de prisão.
A cautela do MP do Rio em pedir a prisão do senador, é diante da demora do STF em definir onde Flávio deve ser julgado. Desde junho está nas mãos de Gilmar Mendes um pedido do MP do Rio para que o Supremo decida em que instância Flávio pode ser investigado e processado.
Dois fatores foram fundamentais para o avanço das investigações feitas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro contra o senador Flávio Bolsonaro, no esquema das rachadinhas. O primeiro fator, os relatórios da antiga Coaf, sobre movimentações atípicas do ex-policial e assessor Fabricio Queiroz. A segunda denuncias anônimas.
Tese do anonimato vem sendo recusada pelo Ministério Público de Itapetinga, como denuncias sobre esquema de rachadinhas na Câmara de Itapetinga. A ausência de uma investigação sobre o esquema montado há décadas no Parlamento Municipal, vem engordando os bolsos dos vereadores sem incômodo das autoridades do judiciário.