Depois da Rússia e Reino Unido, Anvisa deve anunciar vacina da Covid-19 sem registro no Brasil

Depois da Rússia e Reino Unido, Anvisa deve anunciar vacina da Covid-19 sem registro no Brasil

Após Rússia e Reino Unido antecipar vacina contra Covid-19, Brasil deve anunciar aplicação do imunizante antes da provação pela Anvisa.


Depois da Rússia e Reino Unido, Anvisa deve anunciar vacina da Covid-19 sem registro no Brasil
Imunizante contra a Covid-19, pode ser aplicado no Brasil mesmo sem autorização da Anvisa.

O anúncio da Rússia de vacinação da sua população com a Sputnik V, vacina imunizante contra Covid-19, mesmo que o medicamento ainda não tenha concluído todos os testes clínicos. O Reino Unido encaminhou na mesma direção, nessa quarta-feira (2) e já anunciou aprovação da vacinação da Pfizer para os súditos da coroa britânica.

No Brasil emperrado por rígidos protocolos para aprovação, a Agência de Nacional da Vigilância Sanitária (ANVISA), anunciou nesta quarta, que estuda autorizar o uso emergencial de vacinas contra Covid-19. O processo permitiria que o imunizante seja usado em casos específicos e previamente definidos, sem a necessidade de que o produto já tenha o registro do órgão.

A medida, que, segundo apurou a reportagem do O Globo, está em discussão na Anvisa, permitiria que a vacina fosse aplicada em grupos de pessoas enquanto os laboratórios seguem normalmente com suas pesquisas. Para isso, a agência estuda mecanismos que garantam a segurança do produto ainda que os laboratórios não tenham finalizado os estudos para a obtenção de registro.

A norma definiria grupos específicos e cenários controlados para a aplicação do imunizante de modo a garantir a segurança do processo. A medida seria uma das ferramentas para tornar mais célere o acesso à vacina contra Covid-19 no Brasil.

Segundo informou o Instituto Gamaleya de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia russa, que a eficácia da Sputnik V é "superior a 95%" após a aplicação da segunda dose. Os resultados ainda não foram divulgados em revistas científicas. Mas, a vacina já será aplicado nos russo antes da chegada da segunda onda no país.

O Reino Unido aprovou, nesta quarta-feira (2), a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech e anunciou que prevê iniciar a vacinação na semana que vem. Um primeiro lote com 10 milhões de doses será disponibilizado pelo NHS, serviço público de saúde britânico, ainda em 2020.

Profissionais da saúde do Reino Unido deverão estar entre os primeiros a serem vacinados, assim como idosos e pessoas vivendo em casas de repouso, incluindo funcionários. Por causa das condições de armazenamento da vacina que precisa ser mantida a 70°C as campanhas de vacinação serão feitas em hospitais.