Após unanimidade do STF na prisão de Daniel Silveira, pressão recai, agora, sob os deputados federais que decidirão se mantém ou não o deputado bolsonarista na cadeia.
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| Deputado federal Daniel Silveira (PSL) é conduzido ao IML do Rio de Janeiro (RJ) para fazer exame de corpo de delito. |
O Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu por unanimidade nesta quarta-feira (17) manter na prisão o deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ), que foi detido por determinação do ministro Alexandre de Moraes, após divulgar um vídeo com apologia ao Ato Institucional 5 (AI-5) o mais violento ato da ditadura militar no Brasil e discurso de ódio contra os integrantes da Corte.
Agora o processo do Deputado bolsonarista deverá ser enviado dentro de 24 horas para a Câmara, a quem caberá resolver sobre a detenção do deputado. Conforme previsto na Constituição, em caso de prisão em flagrante de um Parlamentar por crime inafiançável.
Com a decisão unanime de todos os ministros da Corte, a pressão sobre os deputados para manter Silveira na cadeia aumentaram ainda mais, por não haver argumento para contestar a prisão em flagrante do deputado bolsonarista.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve apresentar nos próximos dias uma denúncia formal contra o parlamentar, que já responde a dois inquéritos na própria Corte Suprema, a das fake News e atos antidemocráticos.
Segundo a publicação do O Estado de S.Paulo, houve uma tentativa do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira em tentar demover o ministro de determinar a prisão, mas ouviu de Moraes o recado de que a decisão já estava tomada. Lira também falou com Fux sobre o episódio, e de nada adiantou os ministros já se mostravam solidários com a decisão de Moraes.
Em outra publicação, desta vez da UOL, da coluna Juliana Dal Piva, o vídeo feito pelo deputado bolsonarista seria uma tentativa de impressionar o presidente Jair Bolsonaro e seu entorno visando as eleições de 2022.
De acordo com a colunista UOL, Pessoas próximas a Bolsonaro e ao deputado contaram à coluna que Silveira "não andava tão bem" com o presidente e seus assessores mais próximos. As discussões em torno das eleições do ano que vem e as possíveis trocas de partido teriam motivado dúvidas sobre o quanto Silveira se manteria fiel ao bolsonarismo.
O jogo arriscado de Silveira só para agradar Bolsonaro, tá saindo caro para o deputado federal, que acredita cegamente na possibilidade do plenário da Câmara dos Deputados revoga o mando de prisão. O problema é que Silveira calculou mal, deputados, principalmente do Centrão andam enroscados com processo no Supremo, e contrariar todos os ministros nessas alturas não seriam um bom negocio, ou melhor, dizendo, uma melhor jogada.
