Queiroga tem tudo para ser o novo ‘pau-mandado’ de Bolsonaro na Saúde

Queiroga tem tudo para ser o novo ‘pau-mandado’ de Bolsonaro na Saúde

Na busca de novo ministro da saúde. Bolsonaro encontra Queiroga um médico que terá a missão de ser o novo 'saco de pancada' do presidente. 


Queiroga tem tudo para ser o novo ‘pau-mandado’ de Bolsonaro na Saúde
O cardiologista Marcelo Queiroga é o quarto ministro da saúde do governo Jair Bolsonaro


Depois da médica cardiologista Ludhmila Hajjar, revelar a imprensa os motivos que a levou a recusar o ministério da saúde, por questões técnica em defesa a vida. Jair Bolsonaro correu contra o tempo para escolher um novo substituto do incompetente ministro Eduardo Pazuello, na pasta. Mas, para isso, o presidente precisaria de alguém de comungue, em parte, de sua tese cloroquinal de tratamento precoce e de distanciamento social zero.

Daí surgiu o médico cardiologista Marcelo Queiroga, segundo publicações ele é defensor do uso de máscaras e das medidas de distanciamento social para conter a pandemia de Covid-19. Mas, quando foi questionado pela CNN Brasil sobre o lockdown, Queiroga afirmou: “esse termo de lockdown decorre de situações extremas. São situações extremas em que se aplica. Não pode ser política de governo fazer lockdown. Tem outros aspectos da economia para serem olhados”. Ao se posicionar contra o lockdown, o cardiologista, fez um aceno ao presidente Bolsonaro e sua escória de seguidores nas redes sociais.

Hoje (16), pela manhã, o novo ministro substituto de Pazuello, Marcelo Queiroga afirmou a imprensa que foi convocado pelo presidente para dar 'continuidade' ao trabalho do antecessor; novo titular da pasta diz não ter 'vara de condão' pra resolver problemas da área. Fala de Queiroga sinaliza que nada vai mudar e que a nova gestão continuará a cometer os mesmo crimes de omissão na pandemia.

Voltando a recusa da médica Ludhmila Hajjar, explicou que não poderia aceitar o convite por motivos técnicos. A médica acredita na linha de combate ao coronavírus que defende o isolamento social e a vacinação em massa da população. O azeitar com Bolsonaro, foi quando Haijar expressou com clareza ao presidente, que despreza o tal “tratamento precoce” com cloroquina e o uso da máscara e indiscutível, já que comprovou eficácia. Outro ponto da conversa que desagradou o presidente foi a exigência da médica em trocar toda equipe de militares de Pazuello no ministério.

O General Pazuello foi um péssimo ministro da Saúde, isso é incontestável. Ele jamais deveria ter sido ministro. Assumiu o cargo interinamente depois da saída de Nelson Teich, quando ficou claro que nenhum médico sério estaria disposto a assumir a vaga de total submissão aos desejos do aloprado presidente.


general Eduardo Pazuello assumiu interinamente o Ministério da Saúd
O general Eduardo Pazuello assumiu interinamente o Ministério da Saúde em 15 de maio de 2020, após o médico Nelson Teich, pedir para sair pouco antes de completar um mês no cargo.

Como o problema real da Saúde não é o ministro, e sim o presidente da República. Marcelo Queiroga deve ser o novo saco de pancada no ministério. Como recém ‘pau-mandado’, terá a missão de desvencilhar o presidente das criticas de má-gestão na pandemia. 

No fundo, a demissão de Pazuello no ministério da Saúde tem mais haver com o ex-presidente Lula, que exatamente por pressão de aliados políticos do Centrão. Com Lula de volta e com chances de retorno ao poder, o presidente Bolsonaro precisará de bodes expiatórios para culpar pela tragédia de mortes na pandemia em ano eleitoral. Quem melhor, pra isso, que um médico cardiologista.