Sessão em homenagem a enfermeiros na Câmara de Itapetinga teve potencial risco de contágio as pessoas não vacinadas.
 |
| Sessão especial em homenagem a enfermeiros expôs funcionários da Câmara de Itapetinga a risco de contágio. |
A Câmara de Vereadores de Itapetinga viveu o seu momento mais macabro de todos os tempos, nesta quarta-feira (12), ao realizar uma sessão presencial em homenagem a enfermeiros em plena pandemia e com uma variante do vírus da Covid-19 ainda mais letal circulando na cidade que deixou o município em zona de exclusão pela Sesab.
O clima de festa no plenário da Câmara de Itapetinga para enfermeiros homenageados pelo seu dia, virou motivo de extrema preocupação para servidores e cidadãos que trabalham e visitaram o Parlamento Municipal na manhã de ontem. Quando os vereadores decidiram por conta própria expor as vidas dos servidores e visitantes ao realizar uma sessão presencial com os guerreiros na pandemia que tiveram o brilho do heroísmo ofuscado pela vaidade e pelo interesse dos vereadores em agradar os profissionais da saúde.
A aglomeração no plenário da Câmara com potencial risco de contágio demonstrou que o espirito interesseiro dos vereadores de Itapetinga esta acima da preservação da vida alheia, que não só envolvem os funcionários do legislativo, como também os familiares desses Parlamentares.
A autora do requerimento que pediu a sessão especial e presencial a enfermeiros, a vereadora Emanuella Brandão/ MDB (Manu), que é uma profissional da saúde, ao lado dos seus colegas de Parlamento não avaliaram os riscos com a presença de dezenas de enfermeiros aglomerados em único espaço.
Sem respeito às medidas de distanciamento social e de limitação de pessoas no auditório do Parlamento, a Casa viveu um dia sessão presencial como se a pandemia fosse coisa do passado. As imagens da sessão especial em homenagem aos enfermeiros falam por si.
 |
| Aglomeração de enfermeiros na Câmara de Itapetinga representa potencial risco de contágio as pessoas não vacinadas. |
Imunizados, como grupo prioritário na pandemia esses enfermeiros que trabalham diariamente em clinicas, hospital e postos de saúde, com pessoas portadoras do vírus podem está livre do agravamento dos sintomas, mas não do vírus. Para cientistas, quem já tomou a vacina pode ser infectado e, mesmo sem desenvolver sintomas, pode transmitir o vírus. E alerta, que a vacina quando foi produzida em laboratórios, foi com a covid-19 da primeira onda, com o surgimento de variantes a pessoa imunizada pode portar uma taxa de infecção bem maior. Por isso, que eles [cientistas] recomendam a continuidade do uso de máscara e manter o distanciamento social até que os estudos avancem com a nova cerpa.
Na Câmara de Itapetinga, não há registro que um dos servidores seja imunizado, assim com os vereadores, que na ânsia de agradar os profissionais de saúde decidiram de forma irresponsável colocar todo o quadro de funcionários do Legislativo em risco de vida.
A homenagem a enfermeiros, que mais parecia um ritual de glorificação ao vírus da Covid-19, contou com a presença do discípulo do ex-ministro Pazuello, o secretário de saúde, Hugo Souza, que há poucos dias demonstrou toda sua incompetência em conduzir o programa de imunização do município ao provocar filas e aglomeração de idosos de grupo de risco em único local de vacinação. E para completar o chamamento da Covid-19, teve também a participação da Coordenadora da Fundação José Silveira, gestora do Hospital Cristo Redentor, Barbara Matos, viúva do presidente da Câmara, Léo Matos morto em um acidente de pesca.
Prevendo criticas, sobre aglomeração na sessão presencial, vereadores chegaram declarar que receberiam criticas pelo evento de homenagem aos profissionais, mas o que importava era presença dos enfermeiros no local para receber os parabéns pelo dia. Isso é prova, mais que contundente que os vereadores sabiam dos riscos de um evento presencial na Câmara de Itapetinga em plena pandemia.
Agora, só resta aguardar os próximos dias, para saber o tamanho da irresponsabilidade promovida pelos vereadores de Itapetinga, já que o vírus manifesta duas semanas após o contágio.
