Serasa lança novo modelo para dar nota de crédito a consumidores, com menos peso as dividas antigas.
Serasa muda nota de avaliação do consumidor. |
O birô de crédito Serasa, maior empresa de informações sobre crédito de pessoas e empresas, lançou nesta quarta-feira (26) um novo score de crédito, aquela nota de crédito que as empresas e instituições financeiras usam para decidir se dão ou não crédito para as pessoas. O novo modelo, chamado de score 2.0, vai dar mais peso aos pagamentos feitos em dia.
As dívidas em atraso e os calotes continuarão afetando a nota de crédito das pessoas na Serasa, mas com um peso menor. As pessoas que têm seus dados nesse birô de crédito poderão ver mudanças a partir de hoje e ao longo das próximas duas semanas, tempo que será necessário para a empresa de informações migrar toda base, de 55 milhões de brasileiros, para o novo sistema.
O mercado mudou, os hábitos mudaram, mais informações entraram, então criamos um novo modelo. O novo modelo então dá mais peso às informações do cadastro positivo, que agora tem mais informações. Lucas Lopes, diretor de produtos do birô de crédito da Serasa.
O que muda?
A nota de crédito da Serasa é um indicador que vai de zero a 1.000 pontos quanto mais perto de zero, maior o risco que esse cliente representa; quanto mais perto de 1.000, melhor é a avaliação de crédito dessa pessoa.
O diretor da Serasa deu alguns exemplos de mudanças no peso que alguns dados passarão a ter no score 2.0 da empresa.
- Pagamento em dia de crédito: tinha peso ante de 13,9% no score; agora é 43,6%.
- Tempo que a pessoa uso de crédito e paga em dia: tinha peso de 8,4% no score e agora terá peso de 10,1%.
- Crédito contratado que a pessoa possui: tinha peso de 3,6% no score e agora passou a ser de 7,9% do peso da nota de crédito.
- Histórico de dívidas não pagas, mesmo antigas: tinha peso de 30,2% e agora passou a ser de 13,7%.
O que a gente consegue ver é que haverá mudanças de score, porque agora temos um modelo mais preciso. Em questão de risco não teve alterações muito significativas, mas há pessoas indo de risco maior para risco menor e outras indo de risco menor para risco maior. Lucas Lopes, diretor de produtos do birô de crédito da Serasa.