Senado vota fim da sobra partidária, critério que elegeu os vereadores Tuca e Gêge

Senado vota fim da sobra partidária, critério que elegeu os vereadores Tuca e Gêge

Se caso, Senador Federal confirme fim das regras de sobras partidárias para legendas nanicas, eleição que elegeram os vereadores Tuca e Gêge não se repetirá. 

Senado vota fim da sobra partidária, critério que elegeu os vereadores Tuca e Gêge
Senado Federal deve por fim nas regras responsáveis pela eleição dos vereadores de Itapetinga, Tuca (Republicano) e Gêge (PSB).


O Senado Federal deve votar nesta quarta-feira, 14, uma proposta de reforma eleitoral, que redefine o critério de distribuição das sobras eleitorais. Na prática, o texto acaba com a possibilidade de partidos nanicos herdarem a sobra da distribuição de vagas no Legislativo, o que deve diminuir o número de siglas, forçando muitos partidos a formarem coalizões para sobreviverem. 

Atualmente, o número de votos válidos na disputa é dividido pelo número de cadeiras no Legislativo, definindo o chamado quociente eleitoral, ou seja, a quantidade de votos que cada partido precisa ter para eleger um representante. Depois da distribuição, sobram algumas vagas, dependendo do resultado da eleição, e elas são distribuídas entre todos os partidos no pleito. O projeto do Senado estabelece que as vagas remanescentes serão rateadas apenas entre partidos que atingiram o quociente eleitoral, recuperando uma regra extinta em 2017.

E é justamente o critério que ajudaram a eleger os vereadores Genison Feitosa do Nascimento/PSB (Gêge) e Antônio Carlos Gomes/ Republicano (Tuca), que agora pode está sendo extinto pela nova reforma eleitoral no senado. Na eleição do ano passado, Gêge e Tuca conquistaram uma vaga cada na Câmara de Itapetinga sem que o seu partido PSB e Republicano alcançassem o quociente eleitoral, ou seja, não tiveram votos suficientes para eleger um vereador, mesmo assim, levaram a cadeira na sobra partidária.

Para entender melhor! Os partidos dos vereadores Tuca e Gêge, obtiveram na eleição 2020 menos votos que exigiu o quociente eleitoral, de 2.376, que é a soma dos votos válidos dividido por cadeiras na Câmara de Itapetinga, para garantir uma vaga. Como o Republicano só teve 2.267 votos e a legenda PSB 2.020 votos, esses partidos estariam de fora dos cálculos para vaga na Câmara de Itapetinga em regras anteriores.

Em eleições passadas seriam impossível às conquistas das vagas por Tuca e Gêge, que graças a mudança nas regras para eleição 2020, retirou as cadeiras do Partido dos Trabalhadores (PT), que obteve 2.919 votos e Democrata (DEM) 2.857 votos, essas legendas garantiam as últimas sobras partidárias. Se essa regra não estivesse valendo, as cadeiras legislativas seriam ocupadas pelos ex-vereadores Diego Rodrigues/PT (Diga Diga) e Fabiano Bahia (DEM).

Devido a mudanças nas regras na eleição 2020, muitos partidos nanicos de Itapetinga, se arriscaram a conquista dessas preciosas vagas na sobra partidária, como o caso, do PC do B e PP, além do Republicano e PSB que levaram a vaga sem mérito.    

Na eleição 2020, a maior bancada ficou com o MDB, que elegeu 5 vereadores, seguido por PSC, PSD e PDT, cada um deles com 2 representantes, além do PT, DEM, Republicano e PSB uma vaga cada. Em um Parlamento Municipal de 15 vereadores. Os votos por legenda ficaram assim:

MDB               10.044

PSC                    4.940

PSD                   4.437

PDT                   4.207

PT                      2.919

DEM                  2.857

Republicanos   2.267

PSB                    2.020

PC do B             1.183

PP                          762