Após ser enterrado na Comissão, Lira sinaliza para Bolsonaro que pode ressuscitar o voto impresso e leva-lo para o plenário.
Presidente da Cãmara dos Deputados Arthur Lira (PP) e o presidente da republica Jair Bolsonaro (sem partido). |
Se tem uma coisa que o Centrão é especialista, é na arte de manipular e tentar transparecer que eles podem tudo no Congresso Nacional, até mesmo ressuscitar projeto enterrados em comissões. Como é o caso, da PEC do voto impresso, rejeitado na quinta-feira (5), pela comissão especial na Câmara dos deputados.
A PEC do voto impresso, que previa a implementação do sistema, foi rejeitado por 23 votos a 11. A recusa na mudança da urna eletrônica proposto por deputados bolsonaristas que deveria enterrar de vez assunto. Porém, ganha sobrevida na mente malandra do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), mencionou um recurso regimental incomum que poderia ressuscitar à tramitação do voto impresso.
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Ora defendendo a democracia, ora defendendo os delírios do presidente Bolsonaro. Artur Lira, quer demonstrar para o presidente que ele pode tudo, até mesmo atropelar os partidos políticos, e levar a revelia a proposta previamente sepultada na Comissão Especial para o plenário da Câmara. Não se sabe, quanto Lira vai ganhar com jogada, mas como se trata de Centrão, algo entronca o presidente da Câmara dos Deputados ira cobrar de Bolsonaro.
Na melhor das hipóteses, o ressuscitar do voto impresso deve ficar dentro do caixão enterrado pelos partidos político na Comissão Especial. Lira, é Centrão como Bolsonaro, e blefar é uma modalidade que virou arte ao longo do tempo. Como o caso, da live do presidente que prometeu mostrar as fraudes nas urnas eletrônicas e passou vexame, em dizer que não existiam provas das suposta fraudes.
Mesmo se Lira desejar enfrentar os líderes partidários, o que é muito difícil isso acontecer, as chances da proposta do voto impresso passar pelo plenário da Câmara é considera “Zero”. Será preciso 308 votos, com a maioria dos partidos de peso é contra, prosperar é uma missão impossível, e o presidente da Câmara dos Deputados sabe disso.
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Depois da derrota na quinta-feira, o que resta para Bolsonaro é continuar atacando o atual sistema de votação e seguir com enfrentamento com a Justiça Eleitoral, marcado pelas ameaças à realização das eleições de 2022. E assim, acumulando processos contra ele mesmo, achando que não terá problema futuros, após fim de sua presidência prevista pelo próprio presidente da republica, que vem repetidamente afirmando uma possível vitória do ex-presidente Lula na eleição do ano que vem.