Câmara de Itapetinga mantém silêncio sobre atitude criminosa de tolerância religiosa dos vereadores na sessão da quinta (11).
Na sessão da Câmara de Itapetinga, vereadores se retiram do plenário para não votar no projeto de lei que acrescentava o nome da Mãe de Santos na Praça dos Orixás. |
“A arrogância, a intransigência e a beligerância sempre prospera dos ignorantes e insensíveis mesmo no seio da crença do seguimento evangélico.” Esse, é o ponto de vista sobre o ocorrido na Câmara Municipal de Itapetinga, quando 5 vereadores se retiraram do plenário Legislativo para não homenagear uma cidadã de fé contrária a de teologia evangélica.
Adotiva Almeida Chaves, uma mulher guerreira e lutadora, de fé cristã católica dedicou grande parte sua vida á religião de matriz africana denominada “Umbanda”. A Ialorixá Dona Adotiva Chaves, ou mãe de santo de Candomblé, que perdeu a vida para Covid-19 este ano [2021] aos 85 anos de idade, foi vitima de um ato de intolerância religiosa mesmo falecida, daqueles que juraram e prometeram jamais desrespeitar as leis enquanto exercer o mandato de vereador em Itapetinga.
Vereadores evangélicos recusam a homenagear Mãe de Santo na Câmara de Itapetinga. (VEJA AQUI). |
Na sessão da quinta-feira (11/11), na Câmara de Itapetinga o episódio de intolerância religiosa, manchou a imagem do Parlamento Municipal, de uma Casa que tem o dever de ser de todos os cidadãos de crenças. Mas nessa atual legislatura, o princípio constitucional de Casa do Povo, foi jogada no lixo para ceder espaço a hipocrisia “da fé evangélica dos vereadores”, deixando claro, “dos vereadores”: Luciano Almeida(MDB), Tuca da Civil (Republicanos), Gêge (PSB), Anderson da Nova (DEM) e Pastor Evandro (PSD), que ao recuarem a homenagear o nome de Adotiva Chaves na praça dos Orixás, demonstraram a mediocridade de suas fé cristã.
Na sessão da Câmara de Itapetinga, vereadores evangélicos se retiraram do plenário para não votar no projeto de lei que acrescenta o nome da Mãe de Santo na Praça dos Orixás.
Aqui, não se trata de apenas da insignificante fé dos vereadores de Itapetinga forjada na ignorância, se trata também da questão constitucional, onde a Câmara Municipal de Itapetinga é obrigada a emitir uma nota afirmando que não compactua ou compartilha com comportamento inadequado de transgressão religiosa dos seus vereadores no Parlamento, e acima de tudo, exigir dos 5 vereadores uma nota de retração pública a comunidade de Itapetinga pela atitude incondizente com o decoro Parlamentar.
Eleitos sob os votos de cidadãos de todas as crenças e até de ceticismo, os vereadores que juraram obedecer a constituição federal, e sua leis, colocaram o Estado Laico sob xeque na sessão da quinta (11), sem mínimo puder, quando recusaram a prestar homenagem a uma cidadã honrada, pelo simples fato, de seguir o Candomblé e não as igrejas evangélicas de Itapetinga.
O silêncio e a omissão do presidente da Câmara Municipal, Valquirio Lima, o Valquirão, no episódio de tolerância religiosa, só contribui para alimentar o radicalismo de alguns despreparados Pastores evangélicos que em grupos de rede social, parabenizaram à atitude criminosa dos vereadores de não homenagear a Mãe de Santo.
Para os vereadores de Itapetinga transgressores da fé, uma luz sobre suas ignorâncias. Dona Adotiva era de fé cristã católica até sua morte, que decidiu em vida dedicar ao culto afro de sua cultura e nunca precisou anda com uma bíblia debaixo dos braços pregando a palavra de Cristo é cometendo atos desonestos como mentir e trapacear. Ela foi uma grande mulher em vida, e com diferencial grandioso em comparação a vocês Edis, Dona Adotiva não era político.