Os Wal do Açaí na Câmara de Itapetinga que o Ministério Público não tem coragem de investigar

Os Wal do Açaí na Câmara de Itapetinga que o Ministério Público não tem coragem de investigar

Ao enquadrar o presidente Bolsonaro como o senhor das rachadinhas, o MPF deu uma reposta corajosa a sociedade. Coragem essa, que falta no MP de Itapetinga.   

Os Wal do Açaí na Câmara de Itapetinga que o Ministério Público não tem coragem de investigar
Câmara de Itapetinga mantem esquema das rachadinhas desde a criação dos assessores parlamentares. 

O caso Wal do Açaí, uma assessora fantasma de 15 anos de gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro que levou o Ministério Público Federal (MPF), a denunciar o presidente da republica por crime de improbidade administrativa, é o resultado de uma investigação de poucos elementos probatórios, porém, determinante em conteúdos colhidos de uma falsa ficha de presença no gabinete em Brasília assinada pelo próprio Bolsonaro e o depoimento avassalador da assessora que contradiz o chefão do clã da grande família das rachadinhas.

Não é segredo, que todo o patrimônio dos Bolsonaros é proveniente dos esquemas das rachadinhas dos gabinetes legislativos, onde essa execráveis figuras embolsam grande parte dos salários dos assessores. Como também não segredo em Itapetinga, que esse esquema meticuloso em descaramento sustenta grande parte dos vereadores da Câmara de Itapetinga, que não temem serem investigados por suas práticas criminosas, já que eles [vereadores] acreditam que Ministério Público não seria capaz de tal ação, como fez o MPF contra Jair Bolsonaro.

Ao longo de quase 4 anos, o IDenuncias forneceu vasta prova da existência do esquema de assessores laranjas para prática da rachadinhas no poder legislativo de Itapetinga, ao apontar os vereadores que praticava o esquema e fornecendo nomes dos assessores laranjas. O caso ganhou repercussão dentro e fora do município, indignou a população com a sujeirada parlamentar, em resposta as rachadinhas, os eleitores promoveu nas urnas o maior bota-fora de vereadores de sua história. De uma Câmara de 15, só ficaram 4 vereadores. 

O caso que provocou repulsa na população de Itapetinga, se quer, abalou a estrutura do Ministério Público (MP) da cidade, quando o promotor, hoje, conhecido como arquivador de justiça Gean Carlos Leão, decidiu ser mais um advogado de defesa dos Edis, que cumprir seu papel de acusador e investigador de malfeitos. O Leão da promotoria usou um trecho da Constituição em que ele próprio tirou de contexto para justificar o arquivamento das denuncias, alegando que o IDenuncias era um site anônimo, e não poderia seguir com os procedimentos investigatórios, mesmo com provas colossais dos crimes dos vereadores.

A decisão do promotor de justiça Gean Carlos Leão, foi o combustível que os vereadores precisavam para que o motor do esquema das rachadinhas não parasse na Câmara de Itapetinga. Hoje os Wal do Açaí [assessores parlamentares], estão mais modernizados em táticas para disfarçar o laranjal das rachadinhas explicito no Legislativo, quando boa parte desses assessores vãos a Câmara de Itapetinga só para baterem o ponto eletrônico e irem embora, para seus fazerem em outros empregos, e no fim do mês devolver boa parte dos salários aos vereadores. 

Arquivamento de denuncias oficializa laranjal na Câmara de Itapetinga (VEJA AQUI)

Se o Ministério Público Federal precisou de poucos elementos com forte conteúdo probatório para enquadra o presidente da republica Jair Bolsonaro, que dirá, uma investigação na Câmara de Itapetinga de assessores que se quer conhecem um 'clip de papel' ou ouviu falar em documentos regimentais, como fez em depoimento a Wal do Açai. Presumo, se não for preguiça de promotor público para investigar as rachadinhas itapetiguenses, posso pressupor que falta coragem do MP de Itapetinga para enquadrar os nobres vereadores daqui.