Crise da carestia faz da Exposição Agropecuária de Itapetinga um evento de elite com exclusão de pobres

Crise da carestia faz da Exposição Agropecuária de Itapetinga um evento de elite com exclusão de pobres

Alugueis altos de estandes no Parque de Exposição de Itapetinga é a principal causa da carestia de produtos vendidos no local, fato que excluiu a população de baixa renda do evento. 

Exposição da criação Manga-larga Marchador no Parque de Exposição de Itapetinga. 

Neste domingo (22), a Exposição Agropecuária de Itapetinga encerra após 10 dias de eventos no Parque Juvino Oliveira, para alguns poucos deixará saudade, mas para maioria tanto faz. A falta de motivação com os festejos da exposição está ligada a explosão de preços na área do parque que levaram a uma carestia dos produtos de consumo acima do que o bolso da maioria esmagadora da população possa pagar.

A carestia no Parque de Exposição praticamente expulsou a população de baixa renda dos eventos. Se a intensão era elitizar os festejos do agro, os organizadores conseguiram almejar sem insultar a classe social de pouco dinheiro no bolso. 

Nos anos 70 e 80, um ex-presidente do Sindicato Rural de Itapetinga responsável pela Exposição Agropecuária, em uma das reuniões de preparação dos eventos alavancou uma frase inesquecível: “a exposição é todos, conquiste o coração dos itapetinguenses, e faremos uma exposição de todos os tempos”, dizia ex-presidente Felício Brito.   

A Exposição de todos itapetinguenses”, ficou no passado, hoje, ou você tem uma boa grana no bolso, ou caso contrário passará vergonha no Parque de Exposição. “Se você é jovem e solteiro, seja bem-vindo, mas se você é casado com filhos é melhor ficar em casa.” Essa é uma das corriqueiras conversa em ciclo de amigos no evento do agronegócio, quando o assunto é carestia de preços no Parque.

Para alguns membros do Sindicato Rural, o atual presidente Eder Resende errou a mão na cobrança dos alugueis de estandes em áreas por metro quadro do parque de eventos. Um dos ruralistas afirma que “em virtude da crise econômica deveria ter um custo aluguel mais baixo para compensar os custos dos produtos vendidos no Parque, o que poderia atrair um público maior, até porque, a população de baixa renda sempre frequentaram o parque ao longo da existência, hoje, estão praticamente excluídos.”

“Eder sabia da crise econômica, recebe dinheiro público de governos, inclusive do governo federal para manter certos gastos, ele deveria ter sido mais generoso nas cobranças dos alugueis, por isso, que estamos vendo esta carestia absurda aqui dentro. Se ele [Eder] ouvisse os mais experientes certamente esse absurdo cobrado aqui dentro não estaria acontecendo. O parque sempre será do povo de Itapetinga e não do Sindicato Rural. Inaceitável isso.” Diz outro ruralista sob anonimato.

O desinteresse pela Exposição Agropecuária refletiu diretamente no comércio local que não sentiu os efeitos nas vendas com épocas passadas de exposição. O baixo público é notado nos dias que seguiram os eventos, dando um melhora nesse fim de semana. E se o comércio do setor de vestuário e alimentação não sentiram os efeitos bons do agro, que dirá os comerciantes que expuseram seus produtos no parque e foram obrigados a repassarem para consumidor devido o alto custo dos alugueis em tempos de crise econômica.

Gostaríamos de pedir desculpas com erro do nome do 1º prefeito de Itapetinga, Juvino Oliveira que leva o nome do Parque de Exposição de Itapetinga. Havíamos publicado Junino Oliveira.