Servidores da Câmara avaliam paralisação após veto de Hagge. Prefeito teme uso político na greve

Servidores da Câmara avaliam paralisação após veto de Hagge. Prefeito teme uso político na greve

Rodrigo Hagge pode enfrentar uma paralisação de servidores da Câmara por reajuste salarial após veto do prefeito. Auxiliares, temem uso político do PT no movimento.

Funcionalismo da Câmara de Itapetinga prepara para paralisação se veto do prefeito Rodrigo Hagge (MDB), no reajuste dos servidores for mantido. 

O Prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge (MDB), está sob alerta de uma possível paralisação dos servidores públicos da Câmara Municipal de Itapetinga, após o gestor ter vetado o reajuste salarial do funcionalismo do Legislativo. O veto que proíbe aumentos deve entrar em votação na quarta-feira (10), se for mantido a decisão do prefeito pelos vereadores de maioria governistas, os servidores paralisaram as atividades por uma campanha salarial em plena eleição, fato, que levou temores no Executivo de uso político da grave por adversários políticos.   

Com os partidos definidos para eleição deste ano após as convenções, os eleitores de Itapetinga devem conhecer nos próximos dias os candidatos da preferência do prefeito e vereadores, que na prática significa que eles estão prontos para pedir o seu voto. Mas para isso, os políticos terão que se apresentar uma imagem de político bom ‘samaritano’. 

Não é o caso, do prefeito Rodrigo Hagge (MDB), que ao interferi no Poder Legislativo, vetou o reajuste nos salários do funcionalismo da Câmara de Itapetinga e de quebra quer que os vereadores de sua base barganhem para votar a PL dos milhões a advogados da Prefeitura que colocaria os contribuintes da cidade refém de meia dúzia de procuradores municipais em tronca do aumento salarial.

A chantagem Hagge: milhões da dívida ativa a advogados em troca do reajuste dos servidores da Câmara
A chantagem Hagge: milhões da dívida ativa a advogados em troca do reajuste dos servidores da Câmara (VEJA AQUI)

E a bomba recaiu nas costas dos vereadores que aprovaram no plenário da Câmara os projetos de leis do reajuste salarial do funcionalismo do Legislativo, e foi vetado em tempo recorde por Rodrigo Hagge que não permitiu os aumentos. E agora, os vereadores terão que decidirem se mantém a proibição do prefeito ou derruba os vetos no plenário. Isso, em um ano eleitoral onde os vereadores correm para pedir votos para seus candidatos. 

E os parlamentares de maioria da base do prefeito Hagge não terão muito tempo para decidirem. Os vetos trancaram a pauta de votação no legislativo, desde quarta-feira (3), enquanto não decidirem, nada se vota na Câmara de Itapetinga.  

Os servidores que estão prontos para paralisação por tempo indeterminado em campanha salarial, em pleno ano eleitoral. A notícia  deixou os vereadores de estimação do prefeito de orelhas em pé, que levaram os ruídos do provável movimento dos servidores para Prefeitura onde prefeito faz de tudo para esconder que ele foi o responsável pelo veto, ao justificar, que o jurídico enviou a proibição do reajuste para Câmara com assinatura eletrônica, sem sua permissão.

A esfarrapada justificativa do prefeito de Itapetinga não colou entre parte dos servidores da Câmara, que nos bastidores alegam que Rodrigo Hagge mentiu, sobre desconhecer os vetos. “Se o prefeito diz que os vetos foram um engano, porque não orientou os vereadores a derrubar os vetos na quarta?”. Questionou um dos servidores efetivos do legislativo a pessoas próximas.     

A história difícil de engoli de Rodrigo Hagge desperta a necessidade politica do prefeito de esconder os vetos contra funcionalismo da Câmara em ano eleitoral, enquanto joga o abacaxi para vereadores descascarem sem autorização do gestor para derrubar os vetos no plenário. Difícil de entender.

O prefeito de Itapetinga teria sido alertado sobre o perigo de uma paralisação dos servidores da Câmara de Itapetinga em campanha salarial, em plena eleição, caso, os vetos de Rodrigo Hagge sejam mantido pelo vereadores. Auxiliares temem que a paralisação tome contorno político na eleição e possa beneficiar o PT local que não pouparia recursos na mobilização contra o gestor municipal e seus vereadores.  

O imbróglio de Hagge sobre os vetos continuará até a quarta-feira (10). Se os vereadores não decidirem o enrosco, o bambu gemerá para o prefeito como único culpado por proibir reajuste a servidores públicos. Isso, para um prefeito em campanha eleitoral que já definiu seus candidatos para 2 de outubro. O prefeito bolsonarista subirá no palanque do candidato a governador ACM Neto (UB), que apoiará Cacá Leão, a vaga de senador e seus deputados: Antônio Brito (PSD), Arthur Maia (UB) e Felix Mendonça (PDT) e o estadual Pedro Tavares UB).