Crise da carestia eleva o mal-humor dos eleitores de Itapetinga, que destratam os buscadores votos com até xingamentos.
Mal humor dos eleitores de Itapetinga, obrigaram os buscadores de votos a mudarem tática para evitar o contato direto. |
A quatro semanas da eleição, a busca pelo voto nunca foi tão difícil em Itapetinga, apoiadores de candidatos a deputados federais e estaduais partem para as ruas a busca de votos e ao chegar nos eleitores percebem que o clima não é nada bom quando o assunto é eleição, em meio a maior crise da carestia de todos os tempos que vem tirando o humor do eleitor.
Atolados com compromissos difíceis de horarem por conta do alto custo de vida, os cidadãos se distanciam da política em pleno ano eleitoral para cuidar das finanças que no fim de cada mês a conta não fecha, com uma renda que perde o poder de compra dia-a-dia.
Azeitados pela crise, eis que chegam à residência, os apoiadores de deputados que batem nas portas das casas pedindo votos, a expressão facial dos eleitores diz tudo, o mal humor e a falta de receptividade afugenta os cabos-eleitorais, esses, decidem por jogar os santinhos dos candidatos debaixo das portas que encarar pessoalmente o eleitor com pedido de voto.
Essa é a realidade em Itapetinga para o pleito de 2 de outubro, onde a eleição só é discutível a presidente da republica, demais candidaturas estão ficando em segundo-plano. O desestimulo do eleitorado do município, está afetando até as candidaturas a vaga de governador e senador da Bahia, onde os eleitores se distanciam das discussões que é vista como essencial para as vidas futuras de todos os baianos.
“Em vez de santinho traga dinheiro ou joga essas porcaria prá-la.”, essa é quase uma resposta uniforme de eleitores de bairros periféricos da cidade e que muitas vezes tratam os buscadores de votos com gritos e xingamentos. Atitudes, que vem levando muitos apoiadores de candidatos a orientarem seus cabos-eleitores a jogarem os ‘santinhos’ debaixo das portas que falar diretamente com o eleitor.
Se o clima não está bom para os cabos-eleitorais que dirá para os políticos com mandatos, no caso, vereadores, esses, até o momento viraram ‘cabeça de bacalhau’, difícil de encontrar. Os vereadores que garantiram apoio às candidaturas a deputados federais e estaduais estão correndo do eleitor como ‘diabo corre da cruz’. A crise econômica da carestia é a causa direta desse distanciamento, onde parte dos eleitores tem muitas contas a pagar e a presenças de vereadores em suas portas seria a oportunidade perfeita para quitarem sua dividas com água e luz.
De resto, os políticos sem mandatos vão às ruas pedir votos, sem compromisso de serem cobrados pelos eleitores, com argumento que já virou um jargão nessa eleição “não sou vereador”.
O uso das redes sociais para turbinarem as candidaturas na cidade indica que perdeu fôlego, de longe, não compara a eleição 2018 que elegeu Jair Bolsonaro (PL) e muitos deputados inescrupulosos na onda lava-Jato, que hoje, não convence mais ninguém. No final de cada-dia de jogar ‘santinhos’ de baixo das portas, uma foto de políticos e cabos-eleitores que foram as ruas para posteriormente serem compartilhadas entre eles mesmos em grupos de WhastApp, Facebook e Instagram.
EDITORIAL: Itapetinga volta a ter uma xepa de candidatos irrelevantes e inúteis para a cidade (VEJA AQUI) |
Diante dessa realidade, uma estratégia de bastidores ganha força: a compra de voto, um crime eleitoral covarde onde os apoiadores dos candidatos aproveitaram uma visível fragilidade dos eleitores na crise econômica para tira vantagem na busca do voto fácil.