Ao colocar vereadores sob pressão, prefeito Rodrigo Hagge sofre revés no Legislativo, e agora, está nas mãos de vereadores em um julgamento de contas que pode deixa-lo fora da política.
Prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge (MDB), terá contas públicas julgada pela Câmara de Itapetinga. |
De tanto esticar a corda dos vereadores ao ponto de leva-los a decidirem de que lado está: do povo ou do prefeito? Rodrigo Hagge (MDB) que sofreu um duro revés na última sessão da Câmara de Itapetinga ficará a mercê de parlamentares “aliados”, em um julgamento de contas públicas que ameaça futuro do jovem prefeito na política com possibilidade de não se candidatar por longos 8 anos.
Com pauta a ser julgada na Câmara de Vereadores na quarta-feira (28/12), das contas públicas de Rodrigo Hagge do exercício 2019, que foram rejeitadas pelo TCM e estão sendo investigadas sob suspeita de corrupção, vai a plenário do Legislativo Municipal sobre dúvidas se o gestor ainda tem 10 votos para garantir a derrubada de contas rejeitadas para aprovadas. Se caso, vereadores mantiver rejeição do TCM, Hagge ficará inelegível por quase uma década.
Com pautas fiscais bombas na Câmara o prefeito Rodrigo Hagge abusou dos seus vereadores aos deixa-los na ‘corda bamba’, com obrigação de votarem em propostas polêmicas do governo municipal que atingiria de cheio os bolsos dos cidadãos da cidade na cobrança voraz de tributos, com a PL dos Advogados e o mega-aumento nas taxas da iluminação pública, conhecida como PL da CIP.
Aprovação das propostas do Executivo deixariam vereadores expostos com os eleitores, levando risco a uma possível reeleição dos parlamentares aliados.
Essas propostas impopulares encurralaram os vereadores até a última sessão da quinta-feira (22/12), quando um dos vereadores da base aliada decidiu rebelar e dá um basta nas pressões do prefeito de Itapetinga, com pedido de ‘vista’, ou seja, mais prazo para analisar, o mega-aumento da CIP, e pior, nas contas rejeitadas de Rodrigo Hagge pelo TCM.
Em ato heroico, vereador Helder enfrenta Hagge e livra Itapetinga do mega-aumento na iluminação pública (VEJA AQUI) |
Na prática, o vereador Helder de Bandeira (PSC), enterrou os aumentos na iluminação pública com seus pedidos de ‘vistas’ impondo a primeira derrota do prefeito Hagge na Câmara de Vereadores após 6 anos de gestão municipal. Um revés que acende um alerta ‘vermelho’ se arriscar, com julgamento das contas pode ficar fora das próximas eleições por está inelegível por contas rejeitadas.
Rodrigo Hagge ainda tem votos para derrubar a rejeição das contas públicas pelo TCM, mas o problema é confiar em sua base aliada que ficou quase o ano inteiro sob total pressão da Prefeitura. Pelos cálculos do prefeito ainda tem 10 votos garantidos para Câmara aprovar suas contas rejeitadas, mas pela matemática política é preciso o recuou no julgamento ou caso contrário sofrerá consequências pelas constantes pressões nos vereadores de sua base.