Votos decisivos no perdão das contas rejeitadas do prefeito Rodrigo Hagge. Vereadores Helder e Tuca dão as cartas em julgamento na Câmara.
Veneradores Helder de Bandeira (PSC) e Tuca da Civil Civil serão votos decisivo em julgamento de contas rejeitadas na Câmara de Itapetinga. |
Tramita na Câmara de Itapetinga as contas públicas de Rodrigo Hagge rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM) para julgamento. Em caso de derrota para o prefeito de Itapetinga, ele deve ficar inelegível por 8 anos.
Os imbróglios que cercam as contas rejeitadas de 2019, sob suspeita de corrupção e sendo investigadas pelos Ministérios Públicos da Bahia e Federal por desvios e má-gestão deve ir a plenário da Câmara de Itapetinga para julgamento na quarta-feira (28), sob olhar tenso do prefeito Hagge, se houver surpresas poderá ficar fora das próximas quatro eleições: gerais e municipais, sendo impedido de se candidatar por contas rejeitadas.
O passeio que Rodrigo Hagge estava tendo no Legislativo Municipal com votações seguras de projeto de leis e contas rejeitadas/2018, por ter ampla maioria de 11 votos, virou um pesadelo quando o prefeito decidiu testar os limites dos vereadores da base aliada ao apresentar duas propostas polêmicas: a PL dos Advogados e PL do mega-aumento na Iluminação Pública (CIP), se fossem aprovadas causariam estragos financeiros na população, assim como, na imagem dos aliados na Câmara.
Com os vereadores sob pressão e tendo que decidir entre o povo e o prefeito, uma reação inesperada veio da própria base de sustentação de Rodrigo Hagge no Legislativo. Quando o vereador do Distrito de Itapetinga Helder de Bandeira (PSC) decidiu pedir ‘vistas [mais prazo para analise], na PL da CIP e no julgamento das contas do prefeito.
Em ato heroico, vereador Helder enfrenta Hagge e livra Itapetinga do mega-aumento na iluminação pública (VEJA AQUI) |
O pedido do vereador Helder de Bandeira enterrou os mega-aumentos na iluminação pública, mas não o julgamento das contas do prefeito Hagge, que hoje, é visto pela Prefeitura como uma alerta que o prior para Rodrigo Hagge poderia está por vim.
A insatisfação com as pressões vindas do governo municipal, não só deixou o vereador de Bandeira indignado, como também, Tuca da Civil (republicano), que se mostrou ausente em sessão de julgamento das contas no plenário da Câmara, obrigando o presidente Valquirio Lima (PSD), o Valquirão adiar a votação por não ter votos suficientes para derrubada do parecer do TCM que rejeitou as contas de Hagge.
São necessários 10 votos para derrubar o parecer do TCM a favor de Rodrigo Hagge. Mesmo o prefeito tendo 11 vereadores governistas em plenário, Helder ou Tuca é voto decisivo para o prefeito.
Para garantir que Hagge não fique inelegível por oito anos, chegou a cogitar mais uma votação secreta que logo foi desaconselhada pelo jurídico, já que uma emenda constitucional proíbe voto secreto em Parlamentos e Câmaras municipais. As contas rejeitadas/2018 que foi julgada na Câmara em votação secreta ainda pode ser questionada na justiça. O vereador Tiquinho Nogueira (PDT) vem prometendo derrubar o último julgamento.
Após revés na Câmara, Prefeito Hagge corre risco de ficar inelegível por 8 anos (VEJA AQUI) |
Sobre o vereador Tuca da Civil, ele é relator da comissão de Orçamento e Contas e responsável por maquiar um parecer fajuto questionando a competência dos conselheiros do TCM. Para ter ideia, o tal parecer pro- Hagge assinado por Tuca, é encontrado mais de R$ 1 milhão que foram desviados da saúde, no quais o Tribunal de Conta acusa que o gestor municipal teria desviado para finalidade desconhecidas. É mole?
Na prática, Helder e Tuca são taxados como vereadores não confiáveis pela Prefeitura. Para evitar surpresas indesejáveis o governo municipal prepara os vereadores aliados a recuar com pedido de ‘vistas’ no julgamento com proposito de levar as contas ser julgada no próximo ano [2023], e o mais importante, retirar o julgamento da pauta de votação.