EDITORIAL: Câmara de Itapetinga precisa ser resgatada por políticos da velha política

EDITORIAL: Câmara de Itapetinga precisa ser resgatada por políticos da velha política

Com os cofres da Câmara sendo capturado por vereadores da nova geração, eleitores de Itapetinga precisa resgatar os velhos políticos para acabar com farra do dinheiro público. 

EDITORIAL: Câmara de Itapetinga precisa ser resgatada por políticos da velha política
Não há relatos de ex-vereadores da velha política capturarem os cofres da Câmara de Itapetinga em beneficio próprio como na atual legislatura.  

O discurso que é preciso renovar a Câmara de Itapetinga com vereadores de nova geração e abandonar o político da velha política funcionou com perfeição nas eleições municipais de 2008 a 2020. De lá para cá, as investidas em se livrar dos velhos para investir nos novos políticos emplacou uma geração assustadora de vereadores que são capazes de ignorar aqueles os elegeram para fazer do Poder Legislativo uma fonte de renda financeira e vantajosa para eles próprios sem respeitar o peso da opinião pública.

Capturada por uma legislatura formada por vereadores novatos, a Câmara de Itapetinga sente o impacto de terem em seus acentos uma geração de políticos inexperiente, porém, de uma expertise e malandragem que supera ano luz, os políticos da velha política.

Presidida por um vereador de quatro legislaturas, João de Deus (MDB) é o retrato da putrefação legislativa de Itapetinga. Eleito com todos os votos do Parlamento, o gestor retribui cada voto recebido com criação de vantagens e benefícios a seus colegas de Parlamento.

Há pouco mais de 30 dias sob comando da Câmara Municipal João de Deus decidiu criar o inédito ‘trem da alegria’: férias, 13º salário, reajuste nos salários, verbas extras de gabinete e combustíveis. Um antigo sonho do passado de então vereadores da ‘velha política’, mas nunca tentado por temor da opinião pública, isso, em uma época sem internet e muito menos redes socais.

E com um detalhe assombroso, hoje, tudo é aprovado sobre votações relâmpagos e ilegais para não alertar a população do que esta sendo votado na Câmara de Itapetinga.

O temor da opinião pública por então vereadores da velha geração era tamanha qualquer respingo de suspeita de irregularidades era motivos de intensas brigas não restritas apenas nos bastidores do Legislativo, o ‘bicho’ pegava pra-valer no plenário da Câmara Municipal, com troca de insultos, empurrões e até socos. Vereadores do passado queriam está sempre bem com os eleitores. O resultado de tanta dedicação e respeito para com a população de Itapetinga era perceptivo em eleições, com baixa renovação de mandato no Parlamento de Itapetinga.

Da eleição de 2008 para cá a coisa piorou, e muito. A renovação de mandatos chegou ao auge na eleição 2020, com maior ‘bota fora’ de vereadores na história da Câmara. De um Parlamento de 15 acentos só quatro conseguiram à reeleição. Motivo, o escândalo dos assessores laranjas e rachadinhas, onde a maioria dos vereadores acreditavam no falso ‘mito’ que o “povo esquece”. O povo não esqueceu, as redes sociais foram responsáveis por lembrar os eleitores o que os vereadores fizeram no verão passado.

Sob promessa de não cometer os erros de vereadores das ‘rachadinhas’, os novos chegaram a Câmara na esperança que tudo iria mudar, mas nada mudou. Os vereadores mentiram descaradamente aos eleitores, e hoje fazem do Legislativo o seu banco de financiamento particular ao criarem benefícios e vantagens a eles mesmos sem importar o que pensa o eleitor sobre as turbinadas nos ganhos pagos com dinheiro do povo.

Para alguns parlamentes dessa nova geração, a rejeição é facilmente substituída com a compra dos votos na próxima eleição/2024. Pensamento não muito diferente dos parlamentares das ‘rachadinhas’, que foram escorraçados da Câmara pelas urnas depois de uma série de escândalos.

A tomada sorrateira dos cofres públicos por vereadores atuais é o tamanho do desafio do eleitorado de Itapetinga em escolher nomes confiáveis que não serão capazes de traírem a confiança daqueles que os elegeram como fazem os vereadores atuais.

Longe do IDenuncias pedir votos a vereadores. Mas para manter o equilíbrio é preciso primeiramente resgatar o Legislativo de vereadores inescrupulosos como da atual legislatura. Para isso o povo precisa chamar de volta a velha geração do passado, que nunca lambuzou do poder como atual, e acima de tudo, sempre preservou o bom nome do legislativo itapetiguense.

Nomes sugestivos é que não faltam de ex-vereadores do passado e alguns deles em plena atividade política, e até da nova geração que cumpriram o respeitoso papel de vereador. E claro, tirem suas conclusões. A Câmara pede socorro em 2024:

Ex-vereadores do passado e recentes: Gilson de Jesus, Juraci Nunes, Janisia Antunes (Jane), Gama Sobrinho, Jerrivaldo (Jerry), Zildo Carvalho, Claudemiro, Sizinio Galvão, Daniel Moreira, Marcos Gabrielli, Alfredo Cabral, Antônio Rocha (Rochinha), Edvaldo Rodrigues (Diva), Amaral Junior, Chico Ferro Velho, Gildásio Queiroz, Romildo Teixeira e demais outros ex-vereadores que deixam um legando de muita dedicação ao povo durante a passagem pela Câmara Municipal.

A inclusão do ex-presidente da Câmara de Itapetinga, Juraci Nunes nesta lista sugestiva é pelo fato de não haver registro de qualquer ato ou suspeita de corrupção que recaia sob o velho político. Nunes teve suas contas rejeitadas pelo TCM quando gestor legislativo, por não cumprir a então recém-criada Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Nunes gastou com pessoal acima o que determina a LRF, e por isso, teve suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas.