Prefeito Hagge mingua caixa da Saúde ao investir em hospital particular

Prefeito Hagge mingua caixa da Saúde ao investir em hospital particular

Para por em funcionamento hospital particular Monte Moriah, o prefeito Rodrigo Hagge deve gastar R$ 5 milhões com conclusão de obras e istalação de equipamentos. 

Prefeito Hagge mingua caixa da Saúde ao investir em hospital particular
Hospital particular Monte Muriah deve receber investimentos milionários da Prefeitura de Itapetinga para conclusão de reforma até durar requisição emergencial.

Sobre a crise na saúde de Itapetinga não resta dúvida sobre os autores e algozes em um jogo que colocou a saúde pública a beira do colapso quando Pronto Socorro (PS) do único hospital da cidade lacrou suas portas, logo após o episódio da briga do prefeito Rodrigo Hagge (MDB) com a Fundação José Silveira, gestora do Hospital Cristo Redentor (HCR).

No confronto, restou o pior para a população que foram parar em uma super lotada UPA, um mero posto de saúde avançado para atendimento de média complexidade que foi chamado de novo e melhor hospital por aliados do prefeito que chegaram a comemorar o fechamento do PS do HCR. 

Na busca por alternativa ao Hospital Cristo Redentor, após pesadas criticas contra administração municipal, o prefeito, em vez, de procurar a “paz e amor” com Fundação José Silveira preferiu continuar o confronto para provar que tem mais força que a gestora hospitalar. Então, decidiu torra o dinheiro público da saúde na conclusão de obras e instalação de equipamento do fechado hospital particular Monte Moriah, após decreto de requisição administrativa emergencial da unidade em reforma.

O hospital Monte Moriah de acionista majoritário, um pastor evangélico da cidade de São Paulo, vem passando por uma disputa judicial após crise interna entre sócios onde o caso foi parar na delegacia polícia por conta de acusações de desvios de dinheiro das obras, fato, que manteve o hospital fechado.

É esse abacaxi que o prefeito Rodrigo Hagge decidiu descascar com dinheiro público após um confronto a Fundação José Silveira. A fatura para fazer funcionar o hospital particular que não previa em sua estrutura interna uma unidade de Pronto Socorro, deve ultrapassar R$ 5 milhões de reais dos cofres da Secretaria Municipal de Saúde de uma receita líquida anual próxima de R$ 23 milhões, segundo TCM – Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia

Com expectativa de torra o dinheiro da saúde em um hospital particular para depois ser entregue aos seus verdadeiros proprietários em meses, o prefeito Hagge terá dificuldade de ajustar as conta até o próximo ano (2024), prevendo um caixa minguado com corte de despesas em uma área delicada e carentes de investimentos públicos.

E quem achou que a disputa com a Fundação José Silveira, foi um bom negócio para o prefeito, é porque não sabe que desde o juiz de Itapetinga determinou que o Pronto Socorro do HCR, voltasse a funcionar por um prazo de 90 dias, também, obrigou o prefeito a manter os pagamentos em dias com a gestora hospitalar, fato que não vinha ocorrendo, e principal motivadora do fechamento do PS do HCR.

Após fazer da UPA ‘depósito de gente’, Prefeito Hagge testa volta do HCR e obrigação de pagar a Saúde em dias
Após fazer da UPA ‘depósito de gente’, Prefeito Hagge testa volta do HCR e obrigação de pagar a Saúde em dias (VEJA AQUI)

Agora, o prefeito Hagge terá que se virar e arrumar dinheiro para bancar a saúde do município a todo custo. Além de pagar em dias a Fundação hospitalar e outras prestadoras de serviços terá que gastar com hospital particular em reformar até seu funcionamento, mas com um detalhe, o Monte Moriah com estrutura moderna não oferece a metade dos serviços oferecidos pelo Hospital Cristo Redentor. Daí vem à pergunta que não quer calar: “e os caso graves iram parar no HCR ou em hospitais de outras cidades, onde os custos e riscos a vida serão altos por pacientes?”