Condenado a prisão , Collor é mais um bolsonarista que se deu mal

Condenado a prisão , Collor é mais um bolsonarista que se deu mal

Ataques contra ministros do STF, não ajudou Collor que deve cumprir pena inicial de 8 anos 2 e 10 meses em regime fechado após segundo embargo declaratório. 

Condenado a prisão , Collor é mais um bolsonarista que se deu mal
STF condena Fernando Collor de Mello a 8 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção.

A Suprema Corte decidiu condenar o ex-presidente da republica Fernando Collor de Mello a 8 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pena deve ser cumprida, inicialmente, em regime fechado.

Esse é o saldo negativo do político alagoano após deixar o Congresso Nacional como senador da republica em fim de mandato para disputar a vaga de governador em alagoas pongado nas asas do bolsonarismo radical de ataques as instituições democráticas.

Encrencado no Supremo Tribunal Federal (STF), em um processo remanescente do desdobramento de investigação da Lava-Jato. Collor tinha contra si, provas cabais de crimes por corrupção ao receber 20 milhões de reais em propina da BR Distribuidora entre 2010 e 2014.

Mesmo diante da possibilidade de ser condenado por corrupção pela Alta Corte, adotou uma postura agressiva contra as instituições, em especial, contra os ministros do STF.

Na campanha, o ex-presidente chegou a liderar atos bolsonaristas na orla de Maceió, fez carreatas por várias cidades polo do interior e subiu em carros de som para acusar o Supremo de usurpar competências do Executivo com ataques diretos aos ministros da Corte. Na TV, a campanha foram todas dedicadas a “reforçar” o elo com Bolsonaro com ataques a imprensa.

Collor ficou em terceiro na campanha de seu Estado, que teve segundo turno. A fracassada quarta tentativa de voltar ao cargo que exerceu entre 1987 a 1989, deixou um rastro de acerto de contas com os ministros da Suprema Corte, de um desfecho que encerrou na quarta-feira 31/05, ao ser condenado a prisão em regime inicial fechado, mas o ex-presidente ainda não vai à prisão, pois o cumprimento de pena se inicia após os segundos embargos, período em que a defesa pode apresentar recursos de esclarecimentos sobre o julgamento.

Com prisão inevitável, Collor sentiu na pele o custo de ser um bolsonarista radical ao achar que poderia desferir seus golpes contra o Supremo, com imenso telhado de vidro sobre sua cabeça e ainda ficar impune. O mesmo deve ocorrer com o tal imbrochável  do ex-presidente Jair Bolsonaro, que ao arrotar valentia quando estava no poder, hoje, chora aos botões com a possibilidade de ser preso.