Assessores acreditam que ausência de reajuste salarial há 12 anos é por conta da manutenção das rachadinhas e farra das diárias de viagens na atual gestão da Câmara.
Mesa Diretora da Câmara Municipal de Itapetinga, no centro, o presidente João de Deus (MDB). |
O Ministério Público do Trabalho precisa urgentemente averiguar na Câmara Municipal de Itapetinga queixas sobre tratamento covarde à servidores públicos não concursados que estão sendo ameaçados de demissões se os assessores parlamentares de vereadores e comissionados da Mesa Diretora decidirem protestar contra o presidente João de Deus por não ter concedido reajuste nos salários e vale alimentação das categorias.
De acordo com a Constituição Federal, toda atualização salarial tem que ser geral. Mas na Câmara grupos privilegiados tiveram o direito, como os servidores efetivos quase 19% e aumento de 50% no vale alimentação e vereadores 25% de reajuste nos próprios salários. As demais categorias ficaram a vê navios por pura conveniência parlamentar que estão enchendo os bolsos de benefícios, no caso, dinheiro público.
Os inacreditáveis relatos vindos do coração do Poder Legislativo de Itapetinga, é de que vereadores colocaram seus assessores parlamentares e comissionados em constante ameaça de demissão sumária, se caso, manifestem suas insatisfações nas redes sociais ou blogs por não ter tido direito ao reajuste nos salários e vale alimentação.
Para manter o cala-boca nos assessores parlamentares, o presidente da Câmara ameaça pressionar seus colegas com possível retaliação de benefícios se não enquadrarem sua turma. O maior prejuízo para esses vereadores se não cumprirem as ordens do gestor legislativo seria a negação das diárias de viagens que já custam aos cofres da Câmara de Itapetinga mais de R$ 100 mil.
Geralmente, assessores parlamentares são pessoas muitos intimas e próximas além de serem cabos-eleitorais em campanhas vitória de vereadores. E tudo indica que agora, estão sendo desprezando-os por troca de vantagens ofertadas pelo presidente João de Deus, que fez explodir os gastos com vereadores que já custam aos cofres púbicos cerca de R$ 150 mil reais por ano. Na gestão passada 2022 de Valquírio Lima (PSD), o custo anual de vereadores era de R$ 96 mil.
Falando de Valquirio Lima (PSD), o Valquirão, o ex-presidente foi único gestor legislativo que concedeu benefícios a assessores parlamentares e comissionados com vale alimentação de valor igualitário para todo funcionalismo da Câmara.
No ano passado os assessores parlamentares não tiveram apenas o apoio do presidente Valquirão para conseguirem o beneficio do vale-alimentação a ser aprovado no plenário. Segundo fontes, eles contaram com ajuda dos vereadores da então Mesa Diretora da época Neto Ferraz/PSC [vereador licenciado], Tuca da Civil/republicano e Anderson da Nova (União Brasil). Mas à atual Mesa sinaliza para continuidade de um esquema do passado que o povo de Itapetinga aboliu nas urnas.
IDenuncias pede desculpas por se descuidar e focar exclusivamente na corrupção do governo Rodrigo Hagge, mas que agora focará seus esforços para revelar o que está por trás da negação de João de Deus a assessores parlamentares.
Para alimentar 'trem da alegria', João de Deus retira gratificações de servidores da Câmara (VEJA AQUI) |
E acredite se quiser? Vereador João de Deus foi único presidente da história da Câmara a conceder reajuste salarial a assessores parlamentares no seu primeiro mandato como presidente. Isso há mais de 12 anos.