Grupo armado 'Zero' formados por fazendeiros da região queriam expulsar índios de uma fazenda com emprego da violência dos tempos do coronelismo, mas tudo deu errado com morte de uma índia.
Grupo de fazendeiros armados do Movimento Invasão Zero dispostos ao confronto com índios invasores recuaram com a noticia de morte de uma líder indígena. |
O ranço do bolsonarismo motivadas por ideologia atiçada pela nacional bancada da bala, boi e bíblia, ganhou vida na região do sudoeste baiano quando na tarde domingo, 21/01, fazendeiros planejaram um ataque coordenados contra índios invasores que acabou com a morte de uma maje indígena da etnia Pataxó Hã-hã-hãe e outros feridos em uma fazenda localiza em Itapetinga.
Nas primeiras horas do domingo fazendeiros de Itapetinga iniciaram uma série de ligações para outros ruralistas da região com ajuda do aplicativo social WhastApp com mensagens e ligações convocando fazendeiros para uma reação contra os invasores indignas. Nas mensagens, hoje, apagadas: ”expulsar índios a bala”.
Criada para repelir invasores do MST – Movimento Sem Terra, grupo dominado de 'Movimento Invasão Zero', ou, ‘Grupo Zero’ de líder desconhecido até o momento, se utiliza de tática miliciana armada formada por cerca de 280 ruralistas da região de Itapetinga que voltaram aos tempos coronelismo donos de terras onde a lei era para os mais fortes.
Ao serem convocados pelo ‘Grupo Zero’ para expulsar índios à bala, fazendeiros chegam a fazenda de seu Américo, armados até os dentes. Dentro dos veículos dos ruralistas armas de grosso calibre, como uma carabina P12, rifle com dispositivos óticos de pontaria e diversas outras armas. Era o arsenal da milícia armada formada por fazendeiros e comerciantes da região.
No conflito, o saldo de uma morte a indígena Nega Pataxó, Maria Fátima Muniz de Andrade, de 45 anos, e feridos como o cacique baleado Nailton Muniz Pataxó, de 40 anos. Ele foi atingido no rim e passou por cirurgia no Hospital Cristo Redentor, em Itapetinga. Entre os feridos está uma mulher que teve o braço quebrado. Outras pessoas que se machucaram foram hospitalizadas, mas não correm risco de morte.
No local da invasão com a chegada das policias militar e civil, após a trágica morte da índia, fazendeiros, alguns, filiados à CAC - Colecionadores, Atiradores e Caçadores, continuaram com armas nas cinturas sem se importa com a presença da Polícia Militar. Sem serem incomodados pela polícia, fazendeiros da milícia armada “Grupo Zero”, se mostraram dispostos ao confronto enquanto a maioria recuou após tomarem conhecimento da morte de uma índia. Na operação de contenção do conflito realizado pela PM, uma falha proposital das autoridades presente no local, a não vistoria nos veículos dos fazendeiros cheios de armas.
A retomada da fazenda do Seu Américo a bala pelo “Grupo Zero”, deu errado no seu planejamento já que índios não recua mesmo sobre ameaça de morte. A prisão de apenas dois fazendeiros e um índio armado com arco e flecha é o tamanho da influência dos fazendeiros sobre as autoridades baianas.
É preciso federalizar o crime da morte da índia por uma clara tentativa de conflito armado que precisar ser investigado pela Polícia Federal, só assim, deterá o avanço do grupo de fazendeiros armado do 'Movimento Invasão Zero' e identificar seus lideres dispostos ao emprego da violência e não por meios judiciais.