Bolsonaristas de Itapetinga foram para porta do TG pedir por um golpe militar com Bolsonaro no poder. Os atos duraram quase dois meses e se enceram nas redes com tentativa de golpe do 8/1.
Bolsonaristas de Itapetinga frente ao Tiro de Guerra pedindo intervenção militar após vitória de Lula. |
Um grupo de bolsonaristas inconformados com a derrota na eleição geral para o petista eleito Luís Inácio Lula da Silva iniciaram uma jornada semanal a uma unidade do Exercito do Tiro de Guerra de Itapetinga (TG). Frente ao TG tinha de tudo: marchinha com fileira, continência, cartaz com pedido de golpe militar com Jair Bolsonaro no poder, bandeiras do Brasil, fechamento do STF e Congresso Nacional, oração com sinal de arminha lentada aos céus, tinha até discurso afirmando que generais de hoje, usam calcinha invés de cuecas dos tempos da ditadura brasileira.
Saudosismo a parte, essa turba encheu o saco a cada fim de semana dos recrutas militares que eram obrigados a suportar os devaneios dos bolsonaristas derrotados na eleição até em Itapetinga, onde, o hoje presidente da república Lula, foi o grande vencedor na cidade. Vitória essa, em um município dito pelo empresariado, fazendeiros, vereadores, prefeito e seguidores do ex-presidente como bolsonarista.
Grupo de aloprados bolsonaristas vão ao TG de Itapetinga pedir intervenção militar após vitória de Lula (VEJA AQUI) |
O movimento em Itapetinga pró-ditadura com Bolsonaro na presidência da república durou até o fim do ano de 2022, quando as convocações perdiam força com o arrancar de boas gargalhadas nas redes sociais com as marchinhas e batidas de continências de bolsonarista frente ao Tiro de Guerra.
Com a perda de mobilização na cidade, o uso das redes sociais era único caminho a seguir pela turba do presidente derrotado. Mas, também, teve vida curta por decorrência do ato golpista de 8 de janeiro nas invasões aos prédios dos Três Poderes que completa na manhã desta segunda-feira, 8, um ano da tentativa de golpe que envergonhou o Brasil e o Mundo.
Vergonha estampada em uma pesquisa realizada recentemente pela Quaest, por meio de 2.012 entrevistas presenciais com questionários estruturados junto a brasileiros com 16 anos ou mais, em 120 municípios. Oitenta e nove por cento dos brasileiros não aprovam as invasões aos prédios dos Três Poderes ocorridas em 8 de janeiro do ano passado na capital federal. Os atos, que resultaram em depredação do patrimônio público e prejuízo ao Erário, são aprovados, no entanto, por 6%. Quatro por cento não souberam ou não quiseram responder.
EDITORIAL: é preciso avaliar o nível de insanidade dos bolsonaristas golpistas de Itapetinga (VEJA AQUI) |
A rejeição aos atos do 8/1 mostra a resistência da democracia brasileira. Diante de tanta polarização, é de se celebrar que o país não tenha caído na armadilha da politização da violência institucional.
Hoje, os bolsonaristas de Itapetinga tem consciência que o sonho de implantar uma ditadura em uma democracia tem limite e alto custo pessoal. Com golpistas pegando de 13 a 17 anos de prisão em julgamentos no STF, os seguidores do ex-presidente Bolsonaro na cidade aprenderam a lição: se desviar do caminho da democracia o único caminho é a cadeia.