Vereadores veem as digitais do prefeito Hagge em denúncia anônima no MP sobre salários ilegais

Vereadores de Itapetinga suspeitam que prefeito Rodrigo Hagge esteja por trás de denúncia no Ministério Público contra eles.

Prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge (MDB) é visto como suspeito na em denúncia no Ministério Público contra vereadores.

Nos bastidores da Câmara Municipal de Itapetinga, o clima é de total desconfiança sobre possíveis digitais do prefeito Rodrigo Hagge (MDB), em denúncia anônima no Ministério Público da Bahia protocolada em Salvador sobre pagamentos indevidos de salários, de um fato que pode minar as candidaturas de todos os vereadores em período crucial da eleição municipal.

No fim do mês de abril, uma denúncia anônima ao Ministério Público da Bahia (MP) na capital baiana, sobre um inacreditável reajuste de 25% nos salários dos próprios vereadores de Itapetinga, que por lei é proibido, foi acatado pelo órgão baiano de Estado que de imediato notificou o Parlamento a esclarecer um aumento que elevou os subsídios de R$ 8 mil para 10 mil reais mês.

O fato é que a denúncia anônima pode culminar com uma série de ações na justiça que pode implicar os vereadores em plena corrida eleitoral.

Cerco do MP e TCM deve levar vereadores de Itapetinga a devolver R$ 506 mil aos cofres públicos (VEJA AQUI)

O temor dos parlamentares é com possível decisão da justiça a pedido do MP, que peça o bloqueio do patrimônio e contas bancárias dos vereadores para devolução do dinheiro pago indevidamente pela Câmara de Itapetinga, já que os mandatos de todos eles terminam em 31 de dezembro deste ano. Segundo parlamentares seria desastroso na campanha eleitoral de uma ação que seria usando como munição por seus concorrentes a vaga de vereador e que os deixaram sem dinheiro para a campanha.

Mas todos esses acontecimentos na pré-campanha, que pode arruinar as candidaturas dos atuais vereadores, a forte suspeita que o prefeito Rodrigo Hagge possa está por trás.

Para alguns vereadores, a intenção do prefeito Hagge seria pegar o presidente da Câmara de Itapetinga João de Deus (PT), por vingança pelo fato do gestor legislativo ter abandonado o grupo gabiraba para lançar candidatura a prefeito em partido da oposição. Mas que acabou atingindo todos eles.

Aliados do prefeito Rodrigo Hagge na Prefeitura, tenta argumentar aos vereadores que o chefe do Executivo não tem nada haver com a denúncia anônima no Ministério Público, que de imediato tenta por a culpa na oposição, em especial, a pessoas ligadas a ex-primeira-dama Cida Moura (PSD).

O fato, é que todos os vereadores estão ferrados. Em público estão fazendo um esforço sobrenatural para não demonstrar preocupação com a investida do MP da Bahia contra eles. O jogo de cena é dizer que tudo esta legal enquanto advogados os mandam se preparam para o pior, de uma ação na justiça que pode decolar por questão do perigo do fim do mandato para devolução do dinheiro público.  

Vereadores de Itapetinga são alvos do Ministério Público por aumento ilegal nos próprios salários (VEJA AQUI)

De acordo com levantamento feito por colunista do IDenuncias, o valor que devem ser restituídos aos cofres da Câmara de Itapetinga, por pagamentos indevidos através de uma atualização maquiada pelos próprios vereadores, de uma soma total que ultrapassa R$ 500 mil, e de devolução por vereadores de cifras de R$ 36 mil a 6 mil reais, incluído uma ação avançada no Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM), que deve cobrar a devolução de parte de 13º salário pago a vereadores ilegalmente na pandemia da Covid-19.