Gestões municipal e esportiva levam Seleção de Itapetinga a passar vexame no Intermunicipal após abandonar competição por falta de dinheiro para viagem a Simões Filho.
![]() |
De Michel Hagge a Rodrigo Hagge: os prefeitos que decidiram abandonar seleção na competição do Intermunicipal. Imagem criada por IA. |
Era para seleção de Itapetinga está disputando as quartas de finais do maior campeonato amador do Brasil, o Intermunicipal 2024 de disputa entre cidades do interior da Bahia. Mas infelizmente a politicagem forjada pela família Hagge não o deixou seguir na competição.
“O confronto entre Simões Filho e Itapetinga não foi realizado, pois a equipe do sudoeste da Bahia não compareceu ao município da região metropolitana de Salvador. Os donos da casa garantiram a vitória por W.O. e a classificação para a fase seguinte da competição. A seleção de Itapetinga, por sua vez, poderá sofrer uma severa punição.” Dizia reportagem do Jornal A Tarde.
O vexame itapetinguense no Intermunicipal tem nome e sobrenome: prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge (MDB), que 48hs antes havia sido informado que a seleção de Itapetinga não teria dinheiro para viajar para Simões Filho para disputar a classificação para quartas de finais, e ignorou completamente o alerta ao alegar que isso não era problema seu, e sim, do dirigente da Liga Amadorista dos Desportos de Itapetinga (LADI), Clovis Silva, que inclusive é seu assessor especial na Prefeitura de Itapetinga.
Quando os desportistas de Itapetinga tomaram conhecimento no domingo (13) que a Seleção de Itapetinga havia perdido por 'WO' por não ter comparecido ao jogo em Simões Filho, as críticas à administração Hagge explodiram nas redes sociais levando a gestão a publicar nota de esclarecimento através da Secretaria Municipal de Esporte que o problema da seleção de Itapetinga não era deles, e, sim, da LADI.
Daí, começava o jogo do empurra, empurra, até o dirigente da LADI e assessor especial do prefeito de Itapetinga Clovis Silva, assumir em público a culpa pela não viajem da seleção a Simões Filho. Era o amigo e assessor especial tentado tira dos ombros do chefe, o prefeito de Itapetinga a responsabilidade pelo vexame.
E essa não é a primeira vez que a família Hagge abandona a seleção de Itapetinga em reta final da competição baiana do Intermunicipal. Em 1996, após derrota de aliado nas urnas, o então prefeito na época Michel Hagge (MDB), avô do atual prefeito, furioso, determinou a administração que não mais patrocinasse o selecionado itapetinguese que iria disputar as quartas de finais.
Mas, graças a iniciativa de dois vereadores da época: Edvaldo Rodrigues, o Diva e Gilberto Rodrigues, o Saco de Bode com ajuda de comerciantes da cidade, conseguiram arrecadar dinheiro através de ‘vaquinha’ para manter a seleção na competição e evitar o vexame de possível punição pela Federação Baiana de Futebol. A seleção de Itapetinga na época havia sido eliminada na semifinal.
O vexame da seleção de Itapetinga no Intermunicipal é a mais pura demonstração do desamor dos Hagge como o nome da cidade, onde o maior orgulho é o poder e não a grandeza do município.
Mais uma vez, Bezerra da Silva tem razão: “E malandro, é malandro. Mané é mané.”. Não preciso dizer que são os manés nessa história. Preciso?
É vida que segue ....