Campanha anti-Tarugão deixa ex-presidente Valquirio Lima a um passo da presidência do Legislativo de Itapetinga em 2025.
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Valquiro Lima (MDB) foi presidente da Câmara de Itapetinga no período de 2020/2021. |
Os bastidores da eleição interna que decidirá o próximo presidente da Câmara de Itapetinga sinalizam que o ex-presidente Valquirio Lima, o Valquirão (MDB), pode voltar a sentar na cadeira de chefe do legislativo pela segunda vez, a partir de 01 janeiro 2025.
Os cálculos que coloca Valquirão como franco favorito estão na ampla rejeição ao vereador reeleito para o quarto mandato Eliomar Barreira, o Tarugão (MDB). O parlamentar emedebista é visto como figura intragável entre os colegas de partido e de outras legendas.
Durante a eleição, Tarugão se tornou muito próximo do prefeito eleito Eduardo Hagge (MDB) que em tese seria o nome do novo chefe da Prefeitura a comandar a Câmara de Itapetinga. Mas na prática, o preferido do novo prefeito poderá provocar um racha nas fileiras gabirabas se os Hagge insistirem no vereador mais rejeitado do Parlamento. Para se ter ideia da rejeição de Tarugão, de um legislativo de 15 novos vereadores, quatorze o rejeita.
Valquirão vem recebendo apoio de vereadores eleitos dentro do seu próprio partido embalado pela onda anti-Tarugão, como também, a de parlamentar de legenda aliada e de alguns da oposição. Como são necessários apenas 8 votos para eleger um presidente de Legislativo em Itapetinga, a afirmações que, hoje, o ex-presidente já conta com os votos híbrido de governistas e opositores para composição de nova Mesa Diretora, o deixa sobrando na disputa.
Por mais que o prefeito eleito Eduardo Hagge venha a interferir a favor de Tarugão, a nova divisão de força no Parlamento de nove vereadores governistas e 6 de oposição pode impor uma voraz derrota ao novo prefeito em início de gestão em plena posse em 01 janeiro do próximo ano.
Neste exato momento, há muitas especulações vindas do ninho gabiraba que o atual prefeito esteja desarticulando a oposição para impor seu candidato de sua preferência a presidente da Câmara de Itapetinga. Mas informações internas da oposição desmente essa narrativa emedebista.
Dentro da base opositora é unânime afirmar que qualquer tentativa de pular de lado em inicio de legislatura seria desastroso para um vereador eleito na oposição, correndo risco de ser taxado de traidor por 17 mil eleitores que rejeitaram os Hagge em uma eleição cheia de dúvidas pelo suposto apoio do tráfico de drogas a favor do então candidato do MDB em Itapetinga.
Um dossiê ao governador da Bahia sobre atuação do tráfico de droga na eleição em Itapetinga (VEJA AQUI)