Diga Diga recebeu pagamentos do chefão de empresas investigadas pela PF por publicidade em seu blog, diz familiares

Diga Diga recebeu pagamentos do chefão de empresas investigadas pela PF por publicidade em seu blog, diz familiares

Prisão do vereador eleito Diego Rodrigo pode ter ocorrido por Orlando Ribeiro está na mesma folha de pagamento paga pelo empresário alvo da Policia Federal. 

Diga Diga recebeu pagamentos do chefão de empresas investigadas pela PF por publicidade em seu blog, diz familiares
Vereador eleito de Itapetinga Diego Rodrigues foi preso em operação da Policia Federal contra fraude em licitação em Prefeituras.

O passar das horas da prisão do vereador eleito de Itapetinga Diego Rodrigues, o Diga Diga (PSD), na manhã da terça-feira, 10, começa jogar luz sobre o que de fato levou o parlamentar a está em uma carceragem da Polícia Federal por conta de um mandato de prisão preventiva por estar na lista da propina do chefão de empresas investigadas por fraudar licitações em prefeituras baianas e pelo Brasil.

Diga Diga que jamais assumiu cargos chaves em gestões municipais por ser um político de oposição, mas mesmo assim foi parar atrás das grades por ser um dos envolvidos no maior esquema de fraude em licitações na Bahia, pode ser um daqueles políticos que estaria no lugar erro, e na hora errada.

De acordo com familiares do vereador eleito do PSD, Diego Rodrigues durante um período vinha recebendo pagamentos mensais de Alex Rezende Parente sócio-proprietário da empresa Qualymulti Serviços EIRELI – ME prestadora de serviço de coleta de lixo para Prefeitura de Itapetinga. Nesse período, Diga Diga era vereador de oposição e recebia pagamentos mensais da empresa por publicidade em seu blog.

PF: Orlando Ribeiro é preso por receber R$ 83,5 mil de propina e vereador eleito Diga Diga por ligação com empresas para fraudar licitações
PF: Orlando Ribeiro é preso por receber R$ 83,5 mil de propina e vereador eleito Diga Diga por ligação com empresas para fraudar licitações  (VEJA AQUI)

Alex Parente é acusado pela Policia Federal de ser o líder da organização criminosa que fraudava licitações através de suas empresas, como é sócio-proprietário autorizava pagamentos para Itapetinga, em uma lista que havia o vereador blogueiro Diego Rodrigues que recebia por publicidade e o secretário municipal de Itapetinga Orlando Ribeiro que é acusado de receber quase R$ 85 mil em propinas para facilitar pagamentos e fraudar licitações em contratos de empresas de Parente com a Prefeitura de Itapetinga. Na época Ribeiro era secretário de finanças da gestão Rodrigo Hagge (MDB).

O vereador eleito, recebia mensalmente entorno de R$ 500 reais e seu nome estava na quebra de sigilo bancário de empresas de Alex Parente em depósitos direcionados para a cidade Itapetinga, onde também, consta o nome e a conta bancária do secretário municipal de governo Orlando Ribeiro, preso na mesma operação da PF. O secretário vinha recebendo somas vultosas enquanto o blogueiro político a quantia irrisória de no máximo 600 reais.

Essa, é a versão de familiares, que faz sentido nesse momento, pelo fato do vereador eleito não ter ocupado cargos em nenhuma das prefeituras alvo da operação da Policia Federal. A família estar confiante na soltura de Diego Rodrigues nas próximas horas após esclarecimentos em depoimentos a Policia Federal sobre sua participação no imbróglio.

Fontes, afirmam que até o momento os advogados de Diego Rodrigues não tiveram acesso aos autos do processo em sigilo para tomada de decisão judicial em favor do seu cliente.

Operação Overclean

Empresários, servidores públicos e até um vereador eleito estão entre os alvos da Operação Overclean, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (10). A organização criminosa é suspeita de fraudes licitatórias, desvios de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro, tendo movimentado aproximadamente R$ 1,4 bilhão. Desse montante, parte é proveniente de emendas parlamentares e contratos firmados com órgãos públicos apenas em 2024.

O desvio ocorria por meio de contratos superfaturados firmados com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Os crimes apurados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos e lavagem de dinheiro.

Os mandados foram cumpridos na Bahia, em São Paulo e em Goiás. Até o fim desta tarde, 15 tinham sido presas preventivamente e outras duas estavam foragidas. A PF também cumpriu 43 mandados de busca e apreensão e ordens de sequestro de bens nos estados.