Investigação aponta que Orlando Ribeiro agiu sozinho e isenta prefeito Rodrigo Hagge de esquema criminoso

Investigação aponta que Orlando Ribeiro agiu sozinho e isenta prefeito Rodrigo Hagge de esquema criminoso

Organização criminosa atraia servidores e secretários e excluía prefeitos. Como caso de Itapetinga onde Orlando Ribeiro recebeu suborno e o nome prefeito Rodrigo Hagge não aparece nas investigações.

Investigação aponta que Orlando Ribeiro ágil sozinho e isenta prefeito Rodrigo Hagge de esquema criminoso
Prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge (MDB) e o então secretário de governo Orlando Ribeiro preso na Operação Overclean da Policia Federal. 

A Operação Overclean da Policia Federal que levou as prisões de vereador eleito e um secretário municipal de governo, na época, chefiava as finanças da Prefeitura de Itapetinga Orlando Silva, 83 anos, revela que o hoje, ex-secretário havia sido cooptado por empresas prestadoras de serviços para o município a facilitar pagamentos e fraudar licitação em prol de uma organização criminosa que atuava em cinco estados com foco nas prefeituras da Bahia.

O desdobramento da operação da PF cristaliza que a quadrilha havia capturado servidores públicos e secretários municipais com pagamentos de subornos para atuar dentro das Prefeituras em prol das empresas dos empresários e irmãos Alex Rezende Parente e Fabio Rezende Parente, o também empresário José Marcos de Moura, que atua no setor de limpeza urbana, conhecido como o “rei do lixo”.

O não envolvimento de prefeitos na operação da Policia Federal deixa a entender que é mais barato atrair servidores em cargos de confiança que envolver prefeitos nos esquemas para fraudar licitações em Prefeituras Municipais.

A captura do hoje, ex-secretário Orlando Ribeiro pela organização criminosa é o retrato do ‘modus operante’ que exclui prefeito, alvo fácil dos órgãos de fiscalização de Estado em troca de homens de confiança dos gestores municipais que geralmente não estão na mira de investigações por corrupção.

PF: Orlando Ribeiro é preso por receber R$ 83,5 mil de propina e vereador eleito Diga Diga por ligação com empresas para fraudar licitações
PF: Orlando Ribeiro é preso por receber R$ 83,5 mil de propina e vereador eleito Diga Diga por ligação com empresas para fraudar licitações (VEJA AQUI)

O ex-secretário Ribeiro havia recebido próximo de R$ 84 mil em propinas para facilitar pagamento e fraudar licitação em prol da empresa Qualymulti Serviços EIRELI – ME prestadora de serviço de coleta de lixo para Prefeitura de Itapetinga, além de outras empresas dos irmãos Parente no município.

A não citação de Rodrigo Hagge (MDB) na ação da Policia Federal até aqui, demonstra a isenção do prefeito de Itapetinga no esquema operado por uma organização criminosa que desistiu de subornar prefeitos para priorizar pessoas de confiança dos próprios prefeitos.

Orlando Ribeiro, ficou menos de 48 horas atrás das grades, mas deve ficar em regime de prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica por determinação da justiça federal, beneficiado por ter bons antecedentes, ser réu primário e ter idade avançada.

Diga Diga recebeu pagamentos do chefão de empresas investigadas pela PF por publicidade em seu blog, diz familiares
Diga Diga recebeu pagamentos do chefão de empresas investigadas pela PF por publicidade em seu blog, diz familiares (VEJA AQUI)

Sobre o vereador eleito Diego Rodrigues, o Diga Diga (PSD), também preso na operação da Policia Federal, tudo indica que entrou de gaiato no navio. O nome político foi encontrado em depósitos mensais das empresas do chefão da organização criminosa para o então vereador com mandato na época. Segundo alegações de familiares e amigos de Rodrigues os depósitos faziam parte de pagamentos de patrocínio ao blog do político que também é blogueiro na cidade. Diga Diga continua preso por dificuldade dos advogados de defesa terem acesso aos autos do processo para embasar pedido de habeas corpus na justiça federal.