Grupos de vereadores aliados de Eduardo Hagge na eleição formam muralha no plenário da Câmara de Itapetinga para barrar projetos de leis do prefeito.
Prefeito de Itapetinga Eduardo Hagge (MDB) derrete maioria na Câmara de Itapetinga após intromissão eleição legislativa. |
É de praxe, novo chefe da Prefeitura de Itapetinga enviar para Câmara de Vereadores um projeto de lei de Reforma Administrativa logo no início do primeiro mês de governo, a convocar uma sessão extraordinária no Legislativo municipal para aprovação de um modelo administrativo que o novo prefeito julga ser o melhor caminho para governar a cidade.
Como toda nova gestão requer um modelo administrativo da conveniência do gestor? Com prefeito Eduardo Hagge não é diferente ao propor mudanças de novas ou junções de secretarias, cargos de confiança e requisitos de governança moldado ao gosto do chefão do Poder Executivo.
Mas para Eduardo Hagge aprovar a reforma administrativa do seu sonho de gestão, ele precisará de outro requisito básico: ter maioria de oito votos no plenário da Câmara de Itapetinga. Hoje, esfacelada após tomar lado na batalha de aliados pela presidência da Câmara de Itapetinga.
A intromissão do prefeito Eduardo Hagge na eleição interna da Câmara de Itapetinga que elegeu Luciano Almeida (MDB) novo presidente ao derrotar chapa do vereador Tarugão (MDB), tem alto preço quando a jogada da preferência do prefeito de ter um gestor legislativo de sua confiança provoca um brutal, ruptura na base aliada levando o prefeito a registrar minoria no Legislativo.
Essa é a primeira vez na história da Câmara de Itapetinga que um prefeito consegue eleger um presidente e ao final registra minoria no Parlamento.
Na tentativa de desmontar a oposição Eduardo Hagge cria uma força opositora ainda mais poderosa (VEJA AQUI)
A completa falta habilidade política de Eduardo Hagge reforçada com a incompetência de auxiliares que cercam o novo prefeito de Itapetinga fez implodir uma maioria de nove vereadores aliados da eleição. De uma racha que trará serias consequências de governabilidade para o atual gestor municipal se ele não conseguir estancar há tempo a sangria governista no Poder Legislativo.
Sem maioria no plenário da Câmara de Itapetinga, o prefeito tem um presidente aliado, mas não tem maioria para aprovar uma simples reforma administrativa que dirá projetos de leis essenciais de interesse do novo governo Eduardo Hagge.
Com a base aliada colapsando, Eduardo Hagge é obrigado a mudar de postura e negociar cargos em troca de apoio na Câmara de Itapetinga com sete vereadores descontentes e unidos por uma derrota arquitetada pelo próprio prefeito que conseguiu no ato da votação convencer a vereadora Sol dos Animais (Solidariedade) a trair o grupo do vereador Valquirão (MDB) que havia lançado Tarugão na cabeça de chapa a presidente.