Permanência de Rodrigo Hagge no MDB deve obrigá-lo a ter média de 60 mil votos para conquistar uma vaga de deputado estadual na Assembleia baiana.
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MDB exigirá do ex-prefeito Rodrigo Hagge votação expressiva em 2026 para uma vaga na Assembleia Legislativa da Bahia. |
O plano do ex-prefeito de Itapetinga, Rodrigo Hagge, do MDB, para 2026, é concorrer a uma das 63 cadeiras na Assembleia Legislativa da Bahia de deputado estadual. Para isso, terá que fazer sacrifícios que envolvam sua premência em uma legenda que na última eleição geral conquistou apenas duas vagas no legislativo baiano e exigiu uma média de 60 mil votos por candidato eleito.
O baixo desempenho do MDB da Bahia nas urnas desperta dúvidas sobre caminhos a trilhar com uma sigla que requer tantos votos para eleger um deputado estadual. Com Rogério Andrade (MDB), que levou a primeira vaga no partido com 89.269 votos, e a segunda vaga da legenda com Matheus De Geraldo Júnior (MDB) com 60.214 votos.
Diante de cálculos emedebistas que requerem uma montanha de votos, e sem uma estratégia clara de renovação da legenda baiana para a eleição de 2026, o único caminho do ex-prefeito Rodrigo Hagge é correr atrás de um partido de média de 30 mil votos para conquistar o sonhado assento na Assembleia Legislativa da Bahia.
Exemplo, os três últimos candidatos a conquistar a vaga de deputado estadual com votação abaixo de 34 mil votos. Como os deputados Dr. Diego Castro (PL) teve 33.827 votos; Luciano Araújo (SD) com 28.412 votos e Pancadinha (SD) de 27.338 votos.
Com base na eleição geral passada, Rodrigo Hagge terá o desafio de estar no partido certo e com média de votação que não ultrapasse 30 mil votos. Nos cálculos do ex-prefeito Hagge, segundo interlocutores próximos, em Itapetinga, Rodrigo Hagge terá que conquistar inédita votação na cidade de 15 mil votos a deputado estadual e garimpar outros 15 mil em outros municípios para daí pesar em sonhar com a vaga.
Para concorrer dentro do MDB, Rodrigo Hagge terá que ter uma estrutura partidária que possa oferecê-lo cidades e dinheiro do fundo partidário ofertado pela cúpula do Diretório Estadual para engajar uma campanha ousada, como fez a candidata emedebista Lúcia Rocha, que obteve 31.243 votos, mas não levou a vaga.
Não há outro caminho para Rodrigo Hagge a não ser cair fora do MDB e procurar um partido de baixa concorrência interna. Uma opção que pode levar o primeiro Hagge a deixar o partido depois de décadas na legenda.
Nas jornadas dos Hagge à Assembleia Legislativa, já ocuparam o assento o ex-prefeito e ex-deputado estadual Michel Hagge (MDB) e a falecida ex-deputada Virginia Hagge, respectivamente avô e mãe do ex-prefeito Rodrigo Hagge.