Vereadores de Itapetinga preparam ofensiva na justiça após trocas de insultos de uma acusar o outro de "estuprador" e "baixa meretriz".
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No plenário da Câmara de Itapetinga, vereadores Eliomar Barreira, o Tarugão (MDB) e Sibele Nery (PT) trocam insultos que abala o legislativo. |
A troca de insultos entre os vereadores Eliomar Barreira, conhecido como Tarugão (MDB), e Sibele Nery (PT), na Câmara Municipal de Itapetinga, ganhou notoriedade na cidade e tão logo deverá ser analisada nos tribunais da Bahia, com ações por ‘danos morais’ devido a acusações mútuas de “meretriz” e “estuprador” durante uma transmissão ao vivo da sessão legislativa.
O episódio, que envolveu os vereadores do MDB e do PT, dever ser judicializado em uma ação penal onde ambos tentaram provar que um ofendeu a honra do outro no Parlamento. Eles buscam uma reparação pública por meio de um processo judicial por injúria, após a vereadora do PT alegar em plenário que Tarugão estaria envolvido em um suposto ato de estupro contra uma mulher, detalhando que o vereador teria “masturbado” e “ejaculado” no rosto da vítima. Acusação da petista era em reposta a uma ofensiva de Tarugão que havia afirmado que não sem envolvia com mulher de “baixa meretriz”.
A ação do vereador Tarugão, deve exige que a vereadora Sibele apresente as devidas provas do suposto estupro que ela relatou no plenário da Casa, em relação à suposta masturbação e ejaculação contra uma mulher. A interlocutores próximos, o vereador emedebista afirmou que irá às últimas instâncias do judiciário em busca da reparação pública e financeira contra a petista por fazer acusações que ele alega não ter provas.
De estuprador a prostituta: o show de baixarias dos Vereadores Tarugão e Sibele Nery na Câmara de Itapetinga (VEJA AQUI)
Dentro do processo, Tarugão deve afirmar que, em momento algum, mencionou o nome da vereadora, limitando-se a dizer que não se misturava com indivíduos de "baixa meretriz", termo que se refere a prostitutas no dicionário português. Ele enfatizou que, em nenhum instante, se dirigiu diretamente à petista ou fez qualquer alusão ofensiva à parlamentar.
Na época, Tarugão havia sido denunciado por uma enfermeira de suposto abuso sexual, de ter mostrado o pênis e de tentar beijá-la a força. Mas o caso esfriou com o envolvimento político que expôs demasiadamente a vítima nos noticiários da cidade por meio de blogs e emissoras de rádio.
A vereadora Sibele Nery parece que irá adotar uma abordagem semelhante à do vereador do MDB, já que foi chamada de “baixa meretriz”, supostamente por Tarugão. Ela está movendo uma ação para buscar reparação financeira e pública pela ofensa.
Na possível ação contra Tarugão, a vereadora petista deve alegar que respondeu às provocações do parlamentar no plenário ao citar um caso de conhecimento público envolvendo o emedebista e uma mulher vítima de estupro. Mas ela deve se desvencilhar de sua acusação de ter dito que o suposto vereador havia masturbado e ejaculado no rosto da mulher.
Por estratégia jurídica, Sibele deve focar sua denúncia contra o vereador do MDB no Ministério Público de Itapetinga, onde havia tramitado denúncia contra Tarugão por uma suposta tentativa de estupro ocorrida há 11 anos.
A vereadora petista deve alegar ainda no processo ser vítima de agressão e perseguição por parte de Tarugão. O vereador deve fazer o mesmo.
Uma vez que as ações no âmbito jurídico configuram um verdadeiro embate, é imperativo que ambos os vereadores preservem as narrativas de vitimização ao sustentarem que nunca mencionaram nomes. De fato, embora não tenham mencionado os nomes, expressam iras por meio de olhares e gestos que indicam direções frontais, uma vez que estão posicionados frente a frente no plenário. Isso pode ser observado em um vídeo divulgado no canal do Youtuber que transmite as sessões da Câmara e em cortes de vídeos compartilhados nas redes sociais.
Nos bastidores, todos concordam que a discussão acirrada entre os vereadores do MDB e do PT durante a sessão legislativa tem um único responsável: o presidente Luciano Almeida (MDB), que ficou passivo diante de uma troca de ofensas desrespeitosas, sem oferecer qualquer intervenção e permitindo que o bate-boca virasse barraco em plena sessão legislativa.