Eduardo Hagge antecipa fracasso dos 100 dias ao culpar Rodrigo Hagge pela paralisia

Eduardo Hagge antecipa fracasso dos 100 dias ao culpar Rodrigo Hagge pela paralisia

Prefeito de Itapetinga deve atribuir fraca atuação no marco dos 100 dias pelo endividamento deixado pelo ex-prefeito e sobrinho Rodrigo Hagge.

Eduardo Hagge antecipa fracasso dos 100 dias ao culpar Rodrigo Hagge pela paralisia
Em abril, gestão do prefeito Eduardo Hagge (MDB) completará 100 dias de ações modestas em Itapetinga.

Em 11 de abril, a gestão do prefeito Eduardo Hagge (MDB) na Prefeitura de Itapetinga entra no marco dos 100 dias de administração, que é considerado uma medida simbólica de começo de mandato. Tradicionalmente, os primeiros 100 dias são vistos como uma oportunidade para o novo prefeito mostrar seu compromisso com suas promessas de campanha, estabelecer prioridades e tomar medidas rápidas em áreas-chave de política.

Este período muitas das vezes define o tom do governo e influência a opinião pública e a mídia. Alguns prefeitos usam os 100 dias para apresentar reformas, políticas e iniciativas significativas, buscando mostrar um forte começo e obter apoio. Mas não é o caso do prefeito de Itapetinga, Eduardo Hagge, que deve passar a tradicional data reclamando do seu sobrinho e ex-prefeito Rodrigo Hagge de ter deixado dívidas enormes para ele pagar.

Desde o início da gestão, Eduardo Hagge vem se reunindo com políticos e partidos aliados e opositores em seu gabinete para expor as dificuldades administrativas, descarregando culpa pela paralisia no seu antecessor ao relacionar dívidas deixadas por Rodrigo Hagge em áreas cruciais do governo municipal.

Os sinais de fracasso dos 100 dias de gestão gabiraba 3, afloram enquanto o atual prefeito aprofunda a crise contra seu próprio sobrinho e padrinho político e, ao mesmo tempo promove um quadro interno de instabilidade com constantes conflitos entre aliados, muitas vezes patrocinado pela primeira-dama e atual secretária de Ação Social Maria José Hagge, que assume as rédeas da administração com autoritarismo ao extrapolar os limites de gastos de sua pasta com explosão na folha de pagamento, em período de Secretaria Municipal de portas fechadas para o público.

A comunicação do prefeito Eduardo Hagge até tenta nas redes sociais impulsionar a gestão para maquiar os 100 dias de governo municipal e dá impressão que o quadro não seja de fracasso. Mas as redes são mais rápidas a desmentir avanços da administração que ainda não existem.                      

Para alguns aliados de Eduardo Hagge, as queixas do prefeito contra Rodrigo Hagge são injustificáveis pelo fato de que ele sabia dos desafios de sua gestão em caso de vitória nas urnas. “Eduardo venceu a eleição na última semana, de um quadro que evidenciava derrota para Cida Moura (PSD). A vitória só veio pelas investidas de Rodrigo Hagge, que usou fortemente a máquina pública a favor do tio. Essa é a verdade. Ele, em vez de agradecer pela vitória, joga pedra em Rodrigo.” Diz vereador em roda de conversas com outros parlamentares.

“Todo prefeito passa por dificuldades nos 100 primeiros dias de administração, mas consegue mostrar alguns avanços. Com Eduardo é diferente, ele prefere reclamar o tempo todo e pôr a culpa pelo seu fracasso nos outros. Assim fica fácil justificar que não está fazendo nada.” Diz um gabiraba da velha guarda.

Na gestão Eduardo Hagge citar Rodrigo Hagge é senha para demissão
Na gestão Eduardo Hagge citar Rodrigo Hagge é senha para demissão (VEJA AQUI)

No início de sua gestão, Eduardo Hagge e vereadores aliados tentaram sequestrar a autoria da vinda da Policlínica Regional para Itapetinga pelos governos Lula e Jerônimo da Bahia. Mas as redes sociais voltaram a serem rápidas ao demitir a narrativa dos gabirabas de que obras de 200 casas populares e Policlínica não têm pai, e, sim, uma mãe, a líder opositora Cida Moura, aliada dos governos petistas.

A tentativa de colar obras petistas na nova gestão fracassou, e dá fortes sinais de que 100 dias de Eduardo Hagge estão fadadas ao mesmo fiasco por inoperância e incompetência administrativa de um governo que procura o simplíssimo da mea culpa para justificar mais um fracasso.