Superlotação e falta de pagamentos leva m a Prefeitura de Itapetinga a remover corpos sem aviso prévio, após reajuste de até 500% nas taxas de sepultamentos.
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Cemitério de Itapetinga na Bahia. |
Há pelo menos duas gestões, a Prefeitura de Itapetinga recebem alerta sobre a superlotação dos cemitérios públicos e a necessidade urgente de construir um novo espaço sepulcral. No entanto, as autoridades municipais não tomaram medidas efetivas, ignorando o fato de que os jazigos locais já operam no limite máximo de capacidade.
Enquanto isso, familiares de falecidos enfrentam dificuldades para enterrar seus entes queridos, em um cenário onde túmulos antigos são reabertos e ossadas são deslocadas sem controle. A omissão do poder público transformou o descaso em crise, deixando a população sem respostas sobre quando ou se uma solução será implementada.Superlotação e taxação abusiva fazem restos mortais desaparecerem em cemitérios de Itapetinga (VEJA AQUI)
Em meio à crise dos cemitérios, o prefeito Eduardo Hagge (MDB) e vereadores da Câmara Municipal se esquivam de assumir responsabilidades sobre o caos nos cemitérios de Itapetinga. Familiares de falecidos enfrentam uma situação trágica, desrespeitosa e desumana, enquanto assistem à violação sistemática da memória de seus entes queridos.
O desaparecimento de restos mortais tornou-se rotina nos cemitérios da cidade. O cenário é ainda mais chocante: ossadas são misturadas aleatoriamente em sacos plásticos, com pés, crânios e braços aglomerados sem identificação. A prática absurda resulta da remoção compulsória de corpos, realizada quando famílias não conseguem pagar taxas exorbitante imposta pelo prefeito de Itapetinga desde abril deste ano, de R$ 1.500,00 anuais para manter seus mortos nos Jazigos, reajuste de até 500% entre sepultamento e premência nos túmulos.
Sem qualquer aviso prévio, a administração municipal ordena que funcionários dos cemitérios sejam implacáveis na retirada das ossadas quando os contratos não são renovados. O resultado? Muitos parentes, incapazes de arcar com os custos, se veem diante de um dilema cruel: levar os restos mortais para casa ou deixá-los à própria sorte, para que a Prefeitura os descarte como lixo.
A legislação brasileira protege os mortos em aspectos como dignidade do corpo, memória, honra póstuma e respeito aos ritos funerários. Familiares ou herdeiros podem buscar judicialmente a reparação de danos caso esses direitos sejam violados. É o caso de Itapetinga.
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