Polêmica sobre cobrança de impostos de falecidos gera revolta e pressiona gestão gabiraba nas redes socais.
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Pôster extraído das redes socais, Instagram e Facebook. |
Em um movimento que só pode ser descrito como "tiro no pé", o prefeito de Itapetinga, Eduardo Hagge, decidiu que a solução para sua já combalida popularidade em frangalhos após apenas quatro meses de gestão é... taxar os mortos. Sim, você leu certo. Enquanto a população amarga o dia a dia com serviços públicos que mais parecem cenas de um filme de terror, Hagge resolveu dar um toque de humor negro à crise: reajustes de até 500% no custo de sepultamentos nos cemitérios da cidade.
A medida, previsivelmente, explodiu nas redes sociais, transformando-se no mais novo capítulo do desgaste do prefeito. Se o objetivo nos últimos dias era aliviar a pressão popular, essa taxação dos mortos, o tiro saiu pela culatra e agora Eduardo Hagge colhe os frutos de uma estratégia que, em vez de salvar sua administração, pode enterrá-la de vez.
Um post irônico sobre os novos valores de sepultamento no "Parque da Eternidade" virou piada macabra nas redes sociais, mas a realidade por trás do meme está longe de ser engraçada para os contribuintes. O pôster que anunciava "ATENÇÃO PARA AS NOVAS TAXAS DE SEPULTAMENTO E RENOVAÇÃO” listava preços dignos de um stand-up funerário: R$ 200 por ‘cova rasa’ e R$ 1.500,00 por catacumba.
A brincadeira, porém, esconde um aumento que deixaria qualquer defunto sentado no caixão: enterro, que custava R$ 50, agora sai por R$ 200 reais, e a "permanência" do falecido além de três anos no buraco saltou de R$ 450 para 1.500 reais anuais, um reajuste de arrepiar até defunto.
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Na Zoeira: fica mais caro morrer em Itapetinga após Tiozão reajustar sepultamentos; ranço da Titia (VEJA AQUI) |
A medida esdrúxula do prefeito Eduardo Hagge de taxar os mortos explodiu como um escândalo político nas redes sociais, revelando não apenas o despreparo de sua gestão, mas também a insensibilidade de quem parece governar para números, não para pessoas.
"Como os pobres de Itapetinga vão pagar essa taxação exorbitante para sepultar seus familiares?", questionou um internauta nas redes, em um dilema que expõe a crueza da medida. Outra internauta foi ainda mais direta: "Será que veremos caixões abandonados na porta dos cemitérios por medo de não poder pagar as taxas do prefeito?" um cenário macabro, mas que, diante da ausência de sensibilidade de Eduardo, não parece mais tão absurdo.
Cemitério de Itapetinga, Parque da Eternidade.
Hagge, que já vinha sendo "fritado" nas redes por decisões precipitadas e desconectadas da realidade, prova mais uma vez que não possui assessores competentes ou, pior, que ignora quaisquer conselheiros mais sensatos. Taxar os defuntos em um município com graves carências sociais não é apenas um desastre de imagem, mas um ato de brutalidade administrativa.
A pergunta que fica não é mais sobre quanto custará morrer em Itapetinga, mas sim: quanto custará, politicamente, para Eduardo Hagge, essa sucessão de mancadas? Enquanto isso, as famílias do município são obrigadas a encarar uma realidade perversa: nem a morte escapa do fisco desta administração.
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