Em menos de 70 dias, presidente da Câmara de Itapetinga desgasta imagem do Parlamento e expõem vereadores a sucessivas crises.
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Presidente da Câmara Municipal de Itapetinga Luciano Almeida (MDB). |
Há dois meses na presidência da Câmara Municipal de Itapetinga, o vereador Luciano Almeida (MDB) está sendo acusado pelos seus colegas de expor o Parlamento a sucessivas crises e polêmicas que abalam a confiança e a credibilidade do Poder Legislativo perante a sociedade.
As repercussões negativas de contratos das quentinhas para vereadores, projeto de lei que afronta moradores e prestação de serviço com empresa de presidente de partido, essa, desfeita após pressão da mídia local, deixou o presidente Luciano Almeida (MDB) despido e sem defesa para justificar o modus operante de sua gestão de contratar empresas amigas por mais de R$ 100 mil e ainda permitir que o plenário da Casa seja usado por vereadores para ataques pessoais que ultrapassam os limites do decoro parlamentar.
Menos de 70 dias de gestão legislativa foi o tempo que Luciano Almeida teve para tomar os holofotes da mídia local e redes sociais para gerar polêmicas que já expõem vereadores de diversos partidos, sejam eles governistas ou opositores, todos estão sendo alvos de críticas pela má condução do presidente da Câmara.
Se na gestão administrativa da Câmara o presidente vem derrapando ao escancarar contratações de empresas amigas para prestações de serviço no Legislativo. Na condução do plenário, Luciano Almeida escorrega feio ao ponto de permitir que vereadores se digladiem ao vivo na sessão com espetáculo de baixarias digno de porta de cabarés e ainda sinalizar a tramitação de proposta que confronta com moradores do bairro Quintas do Sul.
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De estuprador a prostituta: o show de baixarias dos Vereadores Tarugão e Sibele Nery na Câmara de Itapetinga (VEJA AQUI) |
A troca de ofensas entre os vereadores Sibele Nery (PT) e Tarugão (MDB), de um acusar o outro com palavras que fogem do padrão do decoro parlamentar de “estuprador” e de “prostituta” quando o parlamentar emedebista verbalizava a expressão contra a petista de “baixa meretriz”, enquanto a vereadora relatava uma suposta tentativa de estupro do vereador contra uma mulher usando palavras inapropriadas, despertou o sentimento na comunidade de que o barraco legislativo está sendo permitido pelo presidente, enquanto a sociedade paga a conta pela baixaria parlamentar.
Chamado de “presidente fraco” na condução da Casa, Luciano Almeida é alvo de artilharia pesada com críticas nas redes sociais, na mídia, e nos corredores do próprio legislativo municipal, que já não enxergam autoridade do gestor na Câmara Municipal.
E se depender de punição aos vereadores barraqueiros, o presidente tem muito pouco a fazer, já que na Câmara Municipal o cooperativismo impede a criação de um Conselho de Ética que possa punir parlamentares brigões pela falta de decoro.
É crise, é Câmara de Itapetinga, é vida que segue...