Escândalo de traição e queda da primeira-dama abrem caminho para trégua política na família mais influente de Itapetinga.
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Ex-prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge e o atual prefeito Eduardo Hagge, ambos do MDB. |
Após meses de tensão, prefeito Eduardo Hagge (MDB) e ex-prefeito Rodrigo Hagge (MDB) podem selar trégua em meio a escândalo conjugal e crise até de confiança na gestão municipal.
A traição que abalou o casamento do prefeito de Itapetinga, Eduardo Hagge (MDB), com a primeira-dama Zezé Hagge, pode ter um desfecho inesperado: a reconciliação da família política de maior influência na cidade.
Fontes próximas ao clã Hagge revelam que o rompimento entre tio e sobrinho, que se arrastava desde a vitória eleitoral de 2024, está perto de ser superado. O motivo? O escândalo envolvendo Zezé Hagge teria dissipado as intrigas que afastavam os dois gestores, abrindo espaço para um reencontro marcado por "paz e amor".
Divórcio que uniu...
A crise familiar começou logo após a eleição, quando Eduardo Hagge derrotou a então líder opositora Cida Moura (PSD). Na época, a relação entre o novo prefeito e seu sobrinho Rodrigo Hagge, então chefe do Executivo municipal, azedou. A culpa, segundo aliados, recaía sobre Zezé Hagge, acusada de alimentar as desavenças entre os dois.
Eduardo Hagge cogitou renunciar mandato de prefeito de Itapetinga após crise conjugal (VEJA AQUI)
Mas o caso de suposta infidelidade da primeira-dama mudou o jogo. Com o casamento em frangalhos e um divórcio em vista, a mãe de Eduardo e avó de Rodrigo, Dona Iracema Hagge, está tentando intermediar um acerto. Com possibilidade de os dois lados trocarem pedidos de desculpas, e a matriarca não esconde a esperança de ver a família reunida novamente.
O abraço que os Gabirabas esperam...
Neste final de semana, a cidade aguarda um gesto simbólico: um encontro reservado entre Eduardo e Rodrigo Hagge, selando a aliança e prometendo "marchar juntos" dali em diante. Nos bastidores, os correligionários torcem por uma foto que possa ser compartilhada nas redes sociais, fortalecendo a combalida gestão de Eduardo, que enfrenta desgaste político e insatisfação popular.
O retorno de Rodrigo Hagge ao núcleo do "gabirabismo", como é conhecido o grupo político da família, seria um trunfo para reaquecer a base de apoio do prefeito. Mas os problemas vão além da reconciliação.
A revolta dos excluídos...
Enquanto os Hagge se reaproximam, um exército de cerca de 3 mil correligionários permanece na sombra, revoltados por não terem sido contratados na atual gestão. Esses aliados, fundamentais na vitória de Eduardo Hagge, hoje alimentam as críticas da oposição, tornando-se um risco para a estabilidade do governo municipal.
A reconciliação pode reacender a chama do gabirabismo, mas não apagará a insatisfação que ronda a Prefeitura. Resta saber se a família Hagge, unida, conseguirá reverter a crise ou se as feridas abertas são profundas demais para serem cicatrizadas com um simples aperto de mãos.
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