Eventual acerto de Cida com Brito gera temor de isolamento para prefeito de Itapetinga, que tem base governista mais alinhada ao deputado federal.
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Aliança da líder opositora de Itapetinga com o deputado federal Antonio Brito não está descarto em após desistência de candidatura de Otto Filho, ambos do PSD. |
O deputado federal Otto Filho (PSD) deve deixar a política eleitoral em breve, com sua indicação a uma das vagas de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA) já articulada nos corredores do Palácio de Ondina. A decisão de Ottinho de não concorrer à reeleição abre um novo capítulo nas articulações em Itapetinga na eleição do próximo ano.
Com a desistência do parlamentar, a líder oposicionista Cida Moura (PSD) ganha margem para negociar o apoio em Itapetinga com outro nome de peso, o deputado federal Antônio Brito, também do PSD. A movimentação sinaliza uma reconfiguração de forças dentro da sigla, em um jogo que pode definir novos alinhamentos na cidade é pode fazer sacudir os pilares da Prefeitura de Itapetinga.
Com uma performance eleitoral expressiva de 17 mil votos conquistados na última disputa, a líder oposicionista Cida Moura transformou seu mandato em ativo político decisivo para as eleições municipais. Esse resultado, espetacular para vozes de oposição na cidade, credencia a ex-primeira-dama a operar como alicerce fundamental na campanha do deputado Brito.
Um eventual apoio de Cida Moura (PSD) ao deputado federal Antônio Brito (PSD), somado às forças políticas do parlamentar na cidade, pode colocar o prefeito de Itapetinga, Eduardo Hagge (MDB), em uma situação delicada. O gestor, que deve lançar o nome de Jayme Vieira Lima, primo dos irmãos encrencas Geddel e Lucio Vieira Lima (MDB), corre o risco de ficar ainda mais isolado, com uma candidatura sem lastro no cenário estadual e dependente apenas de seu fragmentado grupo político.
O problema para Eduardo não é só Cida Moura, é que, mesmo no próprio município, a maioria da base aliada na Câmara de Vereadores está alinhada justamente a Antônio Brito, o que pode transformar a disputa em um verdadeiro cerco político. Sem articulação municipal e com a bancada dividida, o prefeito terá que enfrentar não só a oposição, mas também a deserção de antigos aliados para apoio ao deputado do PSD.
Antônio Brito e Otto Filho, os federais que podem apequenar o candidato de Eduardo Hagge e Geddel em Itapetinga (VEJA AQUI)
O estilo centralizador do prefeito Eduardo Hagge (MDB) começa a cobrar seu preço político. Com a resistência em ceder espaços na Prefeitura a aliados, o gestor enfrenta dificuldades para consolidar um grupo fiel em Itapetinga. Enquanto trava nas decisões burocráticas, vê vereadores e influentes cabos eleitorais migrarem para o campo do deputado federal Antônio Brito (PSD), que age rápido no jogo de aproximação.
Brito, conhecido por sua agilidade nas articulações, não perde tempo em formalidades e já capitaliza o descontentamento local. Enquanto Hagge se isola em sua estratégia de retenção de cargos, o federal fortalece elos com a bancada da Câmara Municipal e lideranças-chave, movimento que pode definir os rumos até na sucessão na cidade em 2028.
O prefeito Eduardo Hagge (MDB) enfrenta mais um problema em seu frágil grupo político, é seu próprio sobrinho, o ex-prefeito Rodrigo Hagge (MDB), que surge como possível candidato a deputado estadual. Em busca de votação expressiva para garantir um assento na ALBA, o ex-gestor não terá o luxo de recusar alianças vantajosas e um acerto com Antônio Brito (PSD) aparece como movimento natural.
A lógica é clara, Brito ganharia um aliado de peso na cidade, enquanto Rodrigo garantiria a estrutura do deputado na cidade na busca de votos necessários para sua eleição. Se concretizada, a parceria criaria um cenário explosivo, com o clã Hagge dividido e o prefeito Eduardo perdendo até mesmo o apoio no reduto gabiraba para seu deputado dos Vieira Lima.
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