Com baixa adesão, ACM Neto leva para Prefeitura de Salvador os ex-prefeitos Rodrigo Hagge e Colbert Martins.
Ex-prefeitos de Itapetinga, Rodrigo Hagge (MDB) e Feira de Santana, Colbert Martins Filho são nomeados no município de Salvador, administrado por aliado de ACM Neto (União Brasil).
Enquanto enfrenta dificuldades para angariar apoios no interior baiano, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (MDB) busca garantir os últimos resquícios de sustentação política em cidades, como Itapetinga e Feira de Santana, onde obteve votação expressiva na derrotada campanha ao governo em 2022. A estratégia? Incluir ex-gestores municipais aliados na folha de pagamento da Prefeitura da capital.
A mais recente movimentação foi a nomeação do ex-prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins Filho (MDB), para assessor da Secretaria de Governo de Salvador, comandada por Cacá Leão (PP). O cargo, que paga entre R$ 15 mil e R$ 20 mil, foi autorizado pelo governo estadual na quarta-feira (2), liberando Colbert, médico e servidor estadual, para assumir o posto. O ex-gestor, que governou a segunda maior cidade baiana entre 2018 e 2024, tem relação tensa com o atual prefeito feirense, José Ronaldo (União Brasil) que vem se alinhando com o governador petista Jerônimo Rodrigues (PT), que busca reeleição. Segundo o Jornal A Tarde.
A aproximação de Ronaldo com Jerônimo está por conta das rusgas com ACM Neto, desde eleição passada na escolha do vice-governador na chapa carlista que havia descartado, o atual, prefeito de Feira, para optar por uma figura política de baixa expressão no cenário baiano. Daí a necessidade de garantir Colbert, figura influente na região, mesmo que indiretamente, através de um cargo municipal.
Rodrigo Hagge é suspeito de ser assessor laranja na Limpurb de Salvador (Click Aqui)
A jogada repete o modelo adotado com outro ex-prefeito: Rodrigo Hagge (MDB), de Itapetinga, hoje assessor especial IV na Companhia de Limpeza Pública (Limpurb), com salário de R$ 23,5 mil. A empresa, onde a Prefeitura de Salvador é acionista majoritária, virou refúgio para aliados em crise de influência.
Os movimentos ocorrem no momento em que Jerônimo intensifica a articulação no interior, somando adesões de prefeitos que antes flertavam com ACM Neto. Enquanto o petista avança, o emedebista tenta frear a erosão de sua base com cargos em Salvador, uma tentativa de manter viva a chama de cidades que já foram seu esteio eleitoral.
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