Descontentes com Trindade, vereadores articulam derrubada de veto ao programa “Marmita Solidária” para forçar mudanças de postura do prefeito com aliados no Legislativo.
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Secretário de Governo gera insatisfação com vereadores aliados do prefeito Eduardo Hagge (MDB) |
A situação política em Itapetinga começa a pegar fogo. Os vereadores da base aliada do prefeito Eduardo Hagge (MDB) estão de paciência curta e já começam a exigir a cabeça de Geraldo Trindade, secretário de Governo e até então, o Nº 2 do prefeito. Trindade, que até pouco tempo era visto como um bom gestor na Educação, agora se afunda em críticas por falhas na articulação política com os vereadores. A principal acusação? Ele não cumpriu acordos e, para piorar, tem ignorado pedidos de cargos para os aliados dentro do Executivo.
Os vereadores estão claramente irritados e não escondem o desejo de ver Trindade fora da pasta. O clima na Câmara está tenso, e a frustração é visível. Para os parlamentares, parece que o prefeito, até agora, tem dado de ombros para suas reclamações, o que só aumenta a raiva. Eles já estão até brincando que Trindade seria mais útil fora do cargo do que como secretário.
Mas o que realmente tem causado o maior desconforto é a postura de Eduardo Hagge. Em conversas reservadas, ele não escondeu o desdém por seus aliados. Chamou os vereadores de "cães de ladra" uma forma de desqualificar as críticas, dizendo que, no fim das contas, os vereadores não seriam capazes de tomar atitudes concretas. O prefeito está tratando essa crise interna como algo pequeno, um simples "birra" de quem não tem poder real. E esse tipo de atitude pode sair caro.
Como resposta a esse desdém, os vereadores estão armando um contra-ataque. No retorno do recesso parlamentar, a Câmara deverá enfrentar um veto do prefeito a um projeto de lei muito popular entre os mais pobres da cidade: o "Marmita Solidária", criado pelo vereador aliado Valquírio Lima, o Valquirão (MDB). O projeto aprovado por unanimidade no legislativo, busca distribuir marmitas para famílias em situação de extrema pobreza, mas foi vetado por Eduardo Hagge, que alegou que a proposta geraria custos demais para o município e poderia ser inconstitucional.
A desastrada articulação de Geraldo Trindade que consegue piorar a relação do prefeito com vereadores aliados (Click Aqui)
Porém, o veto de Eduardo pode se tornar um tiro no pé. O Marmita Solidária tem apoio popular, e os vereadores sabem disso. Se decidirem derrubar o veto, mandam um recado claro ao prefeito de que estão falando sério quando exigem mudanças na sua equipe e cumprimento dos acordos selados. Em tempos de crise social, negar um projeto voltado para as famílias mais carentes pode ser perigoso, ainda mais quando há uma população atenta à desigualdade.
No entanto, há quem diga nos bastidores que o projeto de Valquírio Lima, apesar da boa intenção, tem problemas constitucionais. Dizem que ele poderia gerar gastos elevados e até enfrentar dificuldades legais. Mesmo assim, em um cenário de polarização política onde a luta entre "pobres vs ricos" ganha força, o veto de Eduardo pode ser interpretado como uma tentativa de desmobilizar uma ação popular, o que pode vir a ser um erro estratégico.
A situação está bem longe de ser resolvida. A tensão continua aumentando e, se o prefeito não agir rápido para resolver a crise e acalmar os ânimos, a derrubada do veto pode ser apenas o começo de uma série de problemas maiores. O prefeito corre o risco de perder o controle não só da Câmara, mas da opinião pública também. A coisa está esquentando, e a cada dia que passa, o governo de Eduardo Hagge se afasta mais da estabilidade.
O IDenuncias esclarece que tentou rastrear o veto do prefeito de Itapetinga ao projeto de lei “Programa Marmita Solidária” no site da Câmara Municipal, mas não obteve êxito. As informações sobre o veto foram obtidas através de fontes próximas aos vereadores aliados do prefeito de Itapetinga.
É tensão, é vida que segue...
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