Dados internos mostram que estratégia de polarização reverteu queda na popularidade e reposicionou presidente como defensor das classes baixas.
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| Presidente Lula comemora números favoráveis em pesquisa internas do Palácio do Planalto. |
Dados exclusivos obtidos pela colunista Bela Megale, do O Globo, revelam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou crescimento significativo em levantamentos internos do Palácio do Planalto após o embate com o Congresso Nacional sobre o IOF e a adoção do discurso de "ricos contra pobres". Os trackings diários, pesquisas não registradas oficialmente, mas monitoradas de perto pelo governo, mostram que a aprovação de Lula subiu além da margem de erro, enquanto a reprovação recuou em proporções consideráveis.
De acordo com as informações acessadas por Bela Megale, a virada na avaliação do governo está diretamente ligada à polarização gerada pela discussão do IOF. Ao defender a taxação de operações financeiras como medida de "justiça tributária", o Planalto conseguiu transmitir a mensagem de que Lula está ao lado dos trabalhadores, enquanto o Congresso protege os interesses dos mais ricos. A estratégia, segundo avaliação de ministros, reposicionou o presidente diante do eleitorado, especialmente entre a base de baixa renda, decisiva em qualquer eleição no Brasil.
"O centrão queria usar o IOF para enfraquecer o governo, mas acabou nos dando um presente. O embate deixou claro para a população quem defende quem", disse um ministro à coluna de Bela Megale. A percepção de que o Legislativo atua em favor dos privilegiados teria acelerado a adesão de parte da população ao discurso petista, revertendo uma tendência de desgaste que preocupava o Planalto.
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Com os resultados positivos, integrantes do governo avaliam que não há espaço para recuar no tom. A orientação agora é que Lula e aliados reforcem a narrativa de combate a privilégios e justiça fiscal, apostando no conflito como forma de mobilizar a base. O risco, claro, é o aprofundamento da crise institucional. Mas, diante dos números, o Palácio parece disposto a pagar o preço.
A questão em aberto é se o Congresso, ao perceber que a estratégia saiu pela culatra, mudará sua abordagem. Enquanto isso, as projeções internas, agora comemoradas em sigilo, sugerem que Lula reencontrou, ainda que sob polêmica, um eixo político eficaz.
(Fonte: Dados e informações exclusivas da colunista Bela Megale, publicados originalmente em O Globo nesta segunda-feira, 07/07/2025).
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