Quando a arte da guerra encontra a arte do absurdo: as tarifas de Trump, os deslizes dos Bolsonaros e o presente perfeito para Lula.
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Deputado federal licenciado Eduardo Hagge (PL), confirma ser autor da articulação que levou os EUA a taxar o Brasil, para salvar o pai de eminente prisão. |
Em um movimento digno de roteiro de tragicomédia política, o deputado federal licenciado Eduardo "Bananinha" Bolsonaro (PL) conseguiu, em uma única jogada, acossa o próprio pai, humilhar o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e enterrar qualquer chance da direita em 2026, tudo isso enquanto pavimenta o caminho para Lula ser reeleito.
A cena é surreal: Donald Trump, presidente dos EUA e ídolo da família Bolsonaro, anuncia uma taxação de 50% sobre produtos brasileiros, medida que pode causar desemprego em massa e um prejuízo bilionário ao agronegócio, justamente o setor que mais sustentou Jair Bolsonaro no poder. E qual foi a reação de Eduardo Bananinha? Comemorou.
Sim, o mesmo Eduardo que já tentou ser embaixador nos EUA sem qualificação alguma, e que mantém laços com figuras como, o neto do último ditador do Brasil [João Batista Figueredo], Paulo Figueiredo, youtuber extremista foragido na Flórida agradeceu publicamente a Trump pela medida que afunda o Brasil. Mas não parou por aí: condicionou a retirada das tarifas à anistia dos crimes do pai, transformando o país em refém de uma chantagem internacional escancarada.
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Enquanto Eduardo brincava de diplomata do apocalipse, o senador Flávio Bolsonaro [zero 01] do ex-presidente resolveu entrar no jogo e defender abertamente a submissão do Brasil a Trump, comparando a medida a uma "bomba atômica" só que, no caso, uma bomba lançada contra os próprios brasileiros. Jair Bolsonaro, sempre coerente em sua subserviência, elogiou Trump e reforçou sua admiração pelo governo americano, mesmo que isso significasse sancionar o país que governou por quatro anos.
Enquanto isso, o Centrão, que sempre se vendeu ao melhor preço, sumiu do mapa. Nenhum dos deputados que viviam no colo do bolsonarismo ousou abrir a boca para defender o Brasil, afinal, como justificar um ataque que veio com o aval da própria família Bolsonaro?
No meio do caos, o queridinho da direita, Tarcísio de Freitas, tentou uma cartada desesperada: culpar Lula pela crise e propor que Bolsonaro fosse liberado pelo STF para negociar com Trump. A proposta, obviamente, foi rejeitada como absurda e ridícula, mas serviu para mostrar que Tarcísio, apesar de se dizer bolsonarista, não tem coragem de enfrentar o Supremo nem de defender seu próprio campo político.
Aliados de Bolsonaro em São Paulo já o acusam de "bolsonarista de ocasião", um político que grita "Fora, PT" em palanque, mas foge de qualquer luta real como a anistia aos envolvidos no 8 de janeiro. Enquanto tenta se equilibrar entre moderação e radicalismo, Tarcísio só consegue afundar sua credibilidade e abrir espaço para Lula aparecer como o único estadista em meio ao caos.
No fim das contas, a jogada de Eduardo Bananinha Bolsonaro não deve salvar o pai que segue a caminho da prisão, não fortaleceu Tarcísio que se mostrou um líder “barata tonta” e não ajudou a direita que agora está mais fragmentada do que nunca.
O único que sai ganhando é Lula, que pode agora se apresentar como o defensor da soberania nacional contra uma família que prefere negociar com Trump do que proteger o Brasil. Se a direita continuar nesse caminho, 2026 não será eleição, será coroação do petista.
E tudo graças ao "feito" Bananinha.
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