Assassino de Marielle bate na porta do presidente Bolsonaro

Assassino de Marielle bate na porta do presidente Bolsonaro

A citação de Bolsonato no caso Marielle, levou o presidente aos berros em um hotel na Arábia Saudita, com ataques ao governador do Rio e a TV Globo


Assassino de Marielle bate na porta do presidente Bolsonaro
Presidente Jair Bolsonaro se mostrou bastante irritado com citação no assassinato de Marielle


Ao julgar pelas informações veiculadas pelo Jornal Nacional. O fantasma do caso Marielle Franco, ex-vereadora carioca voltou com força a rondar o clã Bolsonaro.

Definitivamente podemos dizer que os assassinos bateram na porta da casa do presidente, após registros de portaria e um depoimento indicam que o acusado de dirigir o carro usado na execução da vereadora carioca disse que ia visitar a casa de Bolsonaro em um condomínio na Barra da Tijuca na cidade do Rio de Janeiro antes do crime.

Mesmo com frágil depoimento do porteiro do condomínio que afirmou a policia que o presidente estava por lá. Mas tudo indica que o porteiro mentiu, diante do álibi factual de Bolsonaro, que ele estava na Câmara dos Deputados no exato momento que os assassinos bateram em sua porta momento antes da execução de Marielle Franco.

Mas conviemos só o fato de o nome do presidente estar numa investigação que teve repercussão internacional, e o presidente Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffolli ter de se posicionar sobre o caso, já é bastante ruim politicamente para o clã Bolsonaro no poder.

A reação do presidente Jair Bolsonaro com seu nome envolvido no assassinato de Marielle Franco levou aos berros em um hotel na Arábia Saudita, o descontrole presidencial teve tom irritado e agressivo, fez uma transmissão em redes sociais na qual atacou vorazmente a TV Globo e o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

Além de negar envolvimento no assassinato da vereadora, Bolsonaro chamou o governador do Rio de "inimigo mortal" e ameaçou a não renovação da concessão da emissora de televisão em 2022. Uma jornada contra a Rede Globo, dificílima sem apoio do Congresso Nacional e do judiciário. Cassar a concessão da maior emissora de TV do país, não seria considerado uma tiro no pé, mas sim, na cabeça. 

"Acabei de ver aqui na ficha que o senhor [Witzel] teria vazado esse processo que está em segredo de Justiça para a Globo. O senhor só se elegeu governador porque o senhor ficou o tempo todo colado no Flávio Bolsonaro, meu filho", disse o presidente bastante irritado.

O nível de irritação do presidente ficou visível com as publicações em sua conta Twitter:





Segundo publicação do O Globo, o ex-policial militar Élcio Queiroz, suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes em março de 2018, disse na portaria que iria à casa de Jair Bolsonaro, na época deputado federal, no dia do crime. Os registros de presença da Câmara dos Deputados, no entanto, mostram que Bolsonaro estava em Brasília nesse dia.

As investigações não pontaram o real mandante no assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e seu motorista

Com mais detalhe. De acordo com o Jornal Nacional, às 17h10m do dia do assassinato, o porteiro registrou no livro de visitantes o nome de Élcio, o modelo do carro, um Logan, a placa, AGH 8202, e a casa a que o visitante iria, a de número 58, que pertence a Bolsonaro. Élcio é acusado pela polícia de ser o motorista do carro usado no assassinato da vereadora e do motorista. O porteiro disse ainda que interfonou para o número 58 e que a pessoa que atendeu que ele identificou como "seu Jair", autorizou a entrada de Élcio no condomínio.

Mesmo o depoimento do porteiro não bater com o real, os Bolsonaros começam a pagar um preço alto por envolvimento com milicianos, que invadem os morros expulsando os traficantes. No vácuo do tráfico, dão inicio a um reinado de terror com extorsão, ameaça e mortes nas comunidades cariocas. Para os Bolsonaros isso tudo é perfeitamente normal.

Tá ficando caro, o episódio do tuíte com ministros do STF e outros sendo chamados de hienas, não deve passar despercebido como o bolsonarismo anda alimentando uma paranoia de conspiração esquerdista. Se depender dos filhos deputado do presidente, podem até namorar práticas ditatoriais ao molde la Venezuela direitista.