Desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia é presa por destruir provas

Desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia é presa por destruir provas

Desembargadora baiana foi flagrada em mensagem interceptada pela PF orientando servidora a destruir provas do esquema de venda de sentença

Desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia é presa por destruir provas
Desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, presa, foi ex-presidente do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia

A desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, foi presa pela Policia Federal no âmbito da investigação que apura venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

Socorro, descumpriu ordem judicial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de não manter contato com funcionários do tribunal da Bahia. A ordem partiu do ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), relator da Operação Faroeste.

A Polícia Federal também cumpriu três mandados de busca e apreensão. A decisão também converte as quatro prisões temporárias determinadas nos últimos dez dias em preventivas quando não há prazo para soltura.

A decisão de prendê-la foi após interceptação de mensagem pela PF orientando uma funcionária do Tribunal da Bahia a impedir a apreensão de um celular pela ação da Polícia Federal.

Em outra conversa interceptada, a desembargadora foi gravada pedindo uma reunião com o irmão da chefe do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Ediene Lousado, o advogado Pedro dos Santos Lousado. Segundo Socorro, em conversas interceptadas, Pedro estaria acompanhando as investigações.

Para o Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Og Fernandes os novos diálogos demonstram que Socorro tentou destruir provas, além de desobedecer ordem judicial ao manter contato com servidores do TJ. A desembargadora aparece nas conversas questionando se um celular for apreendido pela polícia e se conteúdos foram apagados do aparelho. Veja a troca de mensagem entre a desembargadora e servidora do TJBA abaixo extraída do site Bahia Noticias

Extraída do Bahia Noticias


A investigação cita também movimentação de R$ 17 milhões nas contas bancárias da magistrada Socorro, parte dos valores sem origem comprovada. 

Na primeira fase da operação foram encontrados em endereço ligado à desembargadora além de R$ 56,5 mil, os federais confiscaram 9.050 euros e, ainda, 200 dólares em espécie a conversão soma R$ 100 mil, pela cotação do euro a R$ 4,67 e o dólar a R$ 4,21. Para os investigadores, esse conjunto revela um indicativo de padrão econômico incompatível com os vencimentos de um servidor público.

No quarto da magistrada, os agentes encontraram, também, obras de arte e um ‘grande estojo’ com três relógios Rolex, colar de ouro, anéis, brincos e mais colares.

A operação da Policia Federal em conjunto com Ministério Público busca aprofundar a investigação sobre esquema de venda de decisões judiciais que tinha o propósito de legitimar a venda de terras na região oeste da Bahia. A grilagem teria sido praticada em até 360 mil hectares de terra, segundo a Procuradoria-Geral da República. Nas acusações contra os desembargadores além do esquema de corrupção com venda de sentença a caso de queima de arquivo. (fonte O Estado de S.Paulo)