Base evangélica no Congresso não vê com bons olho a candidatura de Moro a vice-presidente de Bolsonaro
Candidatura de Moro a vice de Bolsonaro e rejeitado por parte da bancada evangélica no Congresso |
Se depender da base evangélica no Congresso Nacional, o ex-juiz e atual Ministro da Justiça Sergio Moro, terá que remar muito se deseja alcançar a segunda vaga no topo da cadeia alimentar da politica brasileira.
Com a possibilidade, hoje, de menos 40%, em alcançar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal, por conta dos excessos quando juiz da Lava Jato. Moro não é visto com bons olhos por setores políticos que apoiam Bolsonaro e que rejeitam o ex-juiz por seu passado na Operação.
Segundo coluna de Monica Bergamo na Folha de S.Paulo, a possibilidade de Sergio Moro ser candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro em 2022 racha a base do governo. Uma parte da bancada evangélica, por exemplo, é contra a ideia.
“O ministro Moro tem apoio da mesma base de eleitores conservadores do presidente. É preciso somar, atrair outros grupos”, diz o deputado Marco Feliciano (Podemos-SP). “Os evangélicos, por exemplo, vão ser disputados a tapa”, segue ele. “O presidente precisa fidelizar esse grupo.”, afirmou a colunista.
Na minguada base politica não evangélica do presidente a rejeição ao nome de Moro, é mais expressivo, devido aproximação de políticos com o atual vice-presidente Hamilton Mourão.
Para aumentar o desgaste, Moro terá pela frente o julgamento no STF de suspeição quando atuou em Curitiba como juiz que condenou o ex-presidente Lula, a mais de 12 anos de prisão. Caso, ministros da segunda turma da Corte aceite o recurso do petista a sentença será anulada é o processo retornara para fase inicial na 1º Instância.
A favor do Lula, as mensagens hackeadas do celular de Moro, e publicadas pelo Intercept Brasil, que revelou o conluio do ex-juiz como procuradores da Lava Jato. Nas mensagens o ex-magistrado aponta testemunhas e orienta o processo contra o petista.
Contra o TRF-4
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recorreu na segunda-feira (2) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para anular a decisão que aumentou para 17 anos de prisão a pena no processo do sítio em Atibaia (SP). Na semana passada, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), confirmou sentença proferida pela juíza Gabriela Hardt, na qual Lula foi condenado na primeira instância pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
No recurso apresentado ao relator do caso, ministro Edson Fachin, a defesa de Lula alega que o processo não seguiu a tramitação correta. Para os advogados, a decisão do TRF-4 deve ser anulada por não ter respeitado a ordem cronológica, obrigatória por lei, para ser julgada.
'Errou a mão'
Ministros de instancias superiores STF e STJ, criticaram a decisão que condenou o ex-presidente Lula, afirmaram que os desembargadores do TRF-4 'erram a mão', na sentença contra o petista. Ministros apontaram ainda o comprometimento do Tribunal de segunda instancia com a Operação Lava Jato.