Desembargadora presa quer delatar, Tribunal da Bahia em pânico

Desembargadora presa quer delatar, Tribunal da Bahia em pânico

Noticia que desembargadora Maria do Socorro, sinaliza para acordo de delação premiada leva temor a membros do Tribunal baiano  

Desembargadora presa quer delatar, Tribunal da Bahia em pânico
Desembargadora afastada, Maria do Socorro, quer negociar acordo de colaboração premiada com MPF.

Causou alvoroço no Tribunal de Justiça da Bahia, após a desembargadora e ex-presidente Maria do Socorro Barreto, enviar recado para Ministério Publico Federal (MPF), que quer fazer delação premiada. A informação é de acordo com a publicação da coluna Radar, da Revista Veja.

Presa por determinação do Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Og Fernandes, por venda de sentenças no Tribunal da Bahia, a desembargadora Maria do Socorro, só teve sua prisão preventiva decreta após informações da Procuradoria-geral, que a magistrada tentou se comunicar com servidores do gabinete para destruir provas.

O emissário da desembargadora, responsável por anunciar o desejo de colaborar com ajustiça, foi do seu advogado André Luís Callegari, especialista em delação premiada e lavagem de dinheiro. A magistrada é investigada por suposta participação em um esquema de vendas de sentenças na Corte envolvendo terras no oeste baiano.

De acordo com a investigação do MPF, a desembargadora tem obras de arte dignas de um museu e pode ter usado joias e arte para ocultar bens. Também há rumores de que mais pessoas envolvidas no esquema possam fazer delação.

“Corrupção no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ/BA) não é nenhuma novidade”. Afirmam advogados aposentados ao IDenuncias, que atuaram por décadas no TJ/BA. Eles dizem que o Tribunal “tornou-se um balcão de negócios, e que por lá, ganhar uma causa, depende do valor a negociar e não por mérito da causa processual”. Concluíram, sob anonimato.

Informações de servidores do Tribunal da Bahia, é que o clima não é nada bom dentro do TJ/BA, após noticia que a desembargadora que falar tudo. Servidores relatam o temor de funcionários antigos da Casa, desembargadores, juízes, além de escritórios de advocacia.

Desde 2013, quando o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) decidiu excepcionar o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ/BA), o corregedor-geral do órgão fiscalizador do judiciário na época, ministro Francisco Falcão, classificou o TJ/BA como o pior de todo o país, devido às graves denúncias de corrupção, de improbidade, de nepotismo cruzado, entre outras. “É preciso varrer a imagem de corrupção do Tribunal”, disse o corregedor-geral do CNJ.

Curiosamente a desembargadora Maria do Socorro concedeu entrevista ao jornal A Tarde da Bahia, após ser eleita presidente do TJ/BA sobre esquema de corrupção dentro do Tribunal. - Perguntada sobre possível ‘caixa preta’. Ela afirmou se “há magistrado que não está honrando a toga, nós vamos cobrar. São pouquíssimos os que se desvirtuam. Os que estiverem em situação de arbitrariedade, de ilegalidade, serão punidos.” 

Quanta ironia!!!