Presidente Jair Bolsonaro, o mercador de ilusões

Presidente Jair Bolsonaro, o mercador de ilusões

No poder, Bolsonaro vendeu a ilusão, que era o homem da ‘caneta Bic’, mais tarde, descobriu que quem manda de fato, é o Congresso Nacional.

Presidente Jair Bolsonaro, o mercador de ilusões
Presidente da Republica Jair Bolsonaro. Foto montagem IDenuncias


Desde janeiro 2019, quando chegou ao poder por meio das redes sociais, em plena onda lavajista, Jair Bolsonaro vem vivendo como se fosse uma personagem do sedutor filme de 1947, ‘Mercador de Ilusões’.

Lá no filme, baseado num best-seller de Frederic Wakeman, ‘Mercador de Ilusões’.  Realizado pelo cineasta Jack Conway, sua história gira em torno de um veterano de guerra que volta à sua cidade, onde tenta retomar sua carreira na área de publicidade.  Aspectos como a ética foram abordados pela trama.

Por aqui, o presidente da republica Jair Bolsonaro, tenta imitar sem muito sucesso, a brilhante atuação do magistral ator hollywoodiano da época, Clark Gable, ao querer vender um produto de péssima qualidade como se fosse de excelente qualidade.

Se a vida imita a arte? Bolsonaro é o ator principal deste filme real e ‘melodramático’! No poder vendeu a ilusão, que era o homem da ‘caneta Bic’, mais tarde descobriu que sua canetada não tinha tinta suficiente para impor seus desejos na presidência da republica. Bolsonaro percebeu que manda de fato, não é ele, é o Congresso Nacional que pode derrubar seus sonhos a hora que desejar.

Durante a campanha presidencial, Bolsonaro não só vendeu como comercializou com seus filhos a ilusão da ética na politica prometendo o ‘país das maravilhas’, em plena onda Lava Jato. Ética essa, camuflada dos malfeitos dos filhos e do próprio presidente enroscados com esquema de ‘rachadinha’ em seus gabinetes, quando chefe do clã era deputado federal e seu filho mais velho [Flávio Bolsonaro] estadual. De quebra, o caçula problema, também está no esquema na Câmara de Vereadores do Rio, empregando parentes como laranja para a prática da ‘rachadinha’.

Na presidência, Bolsonaro continua a vender sonhos para seus seguidores, quando alimenta seu ‘bando virtual’ a fomentar ataques às instituições democráticas do país, com propósito de encobrir os rastros do passado, como a convivência com milicianos no Rio e as investigações por esquema de corrupção que seus filhos enfrentam na justiça.

A evidência clara do apoio de Bolsonaro a ataques a poderes da republica, concretizou, quando o presidente decidiu compartilhar um vídeo por WhatsApp convocando a população para protestos a favor dos militares e do governo e contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 15 de março. A reação foram vorazes de membros do Judiciário e Congresso com ameaça de enquadrar o presidente.

Como não falar do motim de policiais no Ceará, que teve apoio indireto do governo federal. Quando os policiais resolveram tocar o terror no Estado nordestino, com toque de recolher de comerciantes e população, invadirem quarteis, levando viaturas e a danificando-as, além de atingirem um senador da republica com dois tiros no peito. O que fez membros do governo? Preferiram chama-los de heróis da resistência, mesmo sabedores que o cidadão ficou a mercê da bandidagem.
  
Mas o filé mignon da ilusão vendida por Bolsonaro e pela sua esquipe econômica foi divulgado pelo IBGE, sobre o crescimento do PIB brasileiro de 1,1%. Para quem gosta de atribuir a seu governo qualquer melhora que tenha ocorrido no país em 2019, podemos dizer que Bolsonaro passou vexame em praça pública, em comparação ao PIB do governo Temer de 1,3%.

Presidente Jair Bolsonaro, o mercador de ilusões
Dados divulgados pelo IBGE

Diante de um resultado ruim para economia brasileira, o que fez Jair Bolsonaro? Ironizou crescimento fraco da nossa economia.

Na entrada do Palácio da Alvorada, onde cumprimentou um grupo de apoiadores e seguidores, ele [Bolsonaro] foi questionado pelos jornalistas sobre o PIB. O presidente não quis comentar e pediu para que um humorista, que o acompanhava na porta da residência oficial, respondesse aos veículos de imprensa.

"PIB? PIB? O que que é PIB? Pergunta o que que é PIB ", disse Bolsonaro ao comediante Márvio Lúcio dos Santos Lourenço, da TV Record, conhecido por interpretar o personagem Carioca. Os jornalistas presentes insistiram, mas o presidente se negou a responder e, minutos depois, deixou o local.

Diante de fato real e concreto, o silêncio do presidente Bolsonaro foi à saída mais honrosa, para que tem hábito de vender ilusões mirabolantes.