Alerta vindo do Chefe da PGR, fez Bolsonaro moderar o tom do pronunciamento sobre a crise do coronavírus.
Na Imagem: Procurador-geral da República Augusto Aras e o Presidente da Republica Jair Bolsonaro. Foto montagem IDenuncias |
A procura de explicações no bastidor da política, sobre a radical mudança de tom e postura do presidente Jair Bolsonaro em pronunciamento em rede cadeia nacional de rádio e TV na noite (31), após dias a negar, zombar e ocultar a gravidade da pandemia do coronavírus. O presidente recuou drasticamente ao admitir a crise do novo vírus no Brasil.
O recuou do presidente não se deu atoa, há dias, ministros próximos de Bolsonaro, vinha aconselhando o comandante da nação, a mudar a narrativa sobre a pandemia que nessa altura passava de 200 mortos no país e o quadro tende a piorar nos próximos dias. Até membros do judiciário reforçaram o time do ‘segura o presidente’.
Mas o alerta máximo que acedeu a luz vermelha de ‘perigo’, veio de um aliado, esse, sentado na cadeira da chefia da PGR (Procuradoria-geral da República), Augusto Aras, tem a responsabilidade constitucional de denunciar o presidente da republica. Aras vêm sendo acusado de omissão, desde constantes ataques de Bolsonaro as instituições do país.
Acusado de não se manifestar diante ações amalucadas do presidente, Augusto Aras, que está sob pressão interna, congressistas e de membros do judiciário. Na terça-feira, (31), Aras, saiu da defensiva ao conceder entrevista ao O Globo, afirmando que é “extremamente injusta” a crítica de que tem sido omisso em meio à crise do coronavírus. Indicado por Bolsonaro ao cargo, Aras afirmou que as manifestações do presidente estão resguardadas pela liberdade de expressão e pela imunidade do seu cargo. Mas disse que poderá recorrer à Justiça se o presidente contrariar o isolamento recomendado pelo Ministério da Saúde.
Só que nuvens negras já pairavam sobre a PGR, com sinais de fortes tempestades sobre a cabeça do procurador-geral da republica Augusto Aras. O primeiro aviso que poderia encurralar o chefe da PGR, veio do Supremo Tribunal Federal (STF), após o ministro Aurélio Mello encaminhar, na condição de relator, a notícia-crime protocolada pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PT/MG) contra o presidente Bolsonaro. Caso a Procuradoria concorde com a notícia-crime e apresentar denúncia ao Supremo, a Câmara seria consultada para autorizar ou não o seguimento da Ação Penal. Com risco de afastamento do presidente a perda de mandato.
Segundo relatos de membros da Procuradoria a políticos, o temor do chefe da PGR, é que pedidos em série contra Bolsonaro chovesse no órgão, o que obrigaria Aras a se posicionar contra o presidente.
Na manhã de ontem (31), após hostilizar jornalistas na porta do Palácio do Planalto. Bolsonaro que já havia recebido pesadas críticas internacional e nacional foi alertado por pessoas muito próximas do presidente que a PGR tinha limites, a segurar pedidos de denuncias contra ele [Bolsonaro].
Relatos internos de interlocutores palacianos a políticos, que após alerta vinda da PGR, houve uma intensa operação dentro do Palácio do Planalto para convencer Bolsonaro a deixar de lado as falácias irresponsáveis e adotar um novo tom que abriria um canal com Congresso e Judiciário. Pelo jeito a operação ‘segura o presidente’ deu certo em uma postura inédita desde assumiu o poder Bolsonaro se comportou, em meio termo, como um presidente da republica ao anunciar medidas no enfrentamento ao coronavírus.
Na primeira manhã de hoje (01), a mudança de tom do presidente é vista com certo ceticismo por congressistas que acham que a qualquer momento Bolsonaro, pode volta a ser Jair Bolsonaro. “Afinal, por três décadas, ele sempre expôs sua natureza ‘sóciopata’ na Câmara dos Deputados e um alerta ameaçador não irá segura-lo por muito tempo. Vamos aguarda.” disse o político informando os bastidores palaciano.