Com cerco do STF e denuncia de Moro, Bolsonaro se alia a Jefferson, Valdemar, Kasab, Lira e Ciro Nogueira contra o impeachment.
Para brindar contra processo de impeachment, Bolsonaro busca apoio dos líderes do Centrão acusados de corrupção. |
A saída forçada do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, deixa um rastro de evidência de crimes cometido pelo presidente da republica Jair Bolsonaro. As provas apresentada pelo ex-juiz da Lava Jato é de tamanha gravidade que tornam as acusações que levaram o impeachment de Collor e Dilma de insignificantes e panais.
Se Collor caiu por um Fiat Elba e Dilma por pedaladas fiscais, imagine um presidente do país, apoiar atos criminosos contra a democracia, interferir na Policia Federal para proteger aliados e familiares, incentivar manifestação contra STF e Congresso Nacional. Esses crimes de altíssima gravidade.
Mas há crimes de gravidade mediana, porém o suficiente para a destituição de qualquer presidente da republica no Brasil. Como os crimes de abuso de poder, na exoneração de servidores como o do Ibama que multou Bolsonaro em 2012 por pesca ilegal em área protegida, o cidadão foi exonerado. Assim, aconteceu com o diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Ricardo Galvão, foi exonerado por divulgar dados que apontavam o aumento do desmatamento na Amazônia. O presidente queria encobrir as queimadas na maior floresta do planeta. Isso, sem falar dos ataques a liberdade de imprensa e perseguir a mídia, como também destilar falas preconceituosas. Todos enquadram no crime de responsabilidade.
Atualmente há 27 pedidos de impeachment na Câmara dos Deputados contra Jair Bolsonaro, e mais 3 previsto para esta semana. Esse três últimos, é por conta das declarações e apresentação de provas contra o presidente, pelo ex-ministro Moro, que aponta interferência do presidente na Polícia Federal.
Como não há tempo a perde diante das investigações na Suprema Corte (STF), de ato antidemocrático e fake News que pode levar os filhos do presidente para cadeia. Auxiliares de Bolsonaro se movimentam para um acordo que possa assegurar a permanecia do presidente no Palácio do Planalto. Já que todos acreditam que o presidente da Câmara dos Deputados não suportará pressão por muito tempo e acatará o pedido de impeachment a qualquer hora.
Para evitar surpresas, a jogada do presidente Jair Bolsonaro é buscar apoio político junto aos partidos do chamado Centrão, formado por siglas como PP, Republicanos, PSD e PTB. Na liderança desses partidos, velhos políticos conhecidos pelos brasileiros: Roberto Jefferson, Valdemar Costa Neto, Ciro Nogueira, Gilberto Kasab, Arthur Lira, figuras públicas acusados de corrupção.
Esta semana, deve ser decisivo para Bolsonaro concretizar processo de aproximação com o Centrão, abrindo espaço inclusive para indicações para cargos no governo. A estratégia é vista como possível blindagem em um eventual processo de impeachment.
De acordo reportagem O Globo, a tática de defesa de Bolsonaro é vista com reservas por parte das lideranças da Câmara. Um líder que preferiu não se identificar avalia que a relação entre Bolsonaro e o Centrão é “algo que vai dar errado para os dois”. Na avaliação deste parlamentar, a estratégia foi tentada no passado pela ex-presidente Dilma Rousseff. Mesmo oferecendo cargos estratégicos ao bloco, a petista não conseguiu evitar o impeachment, destaca a fonte ao jornal O Globo.